As bolsas europeias fecharam com perdas acentuadas nesta segunda-feira, 8, em diversos setores em meio a um contínuo declínio nos preços do petróleo, dados mistos de emprego nos EUA divulgados na sexta-feira (5) e preocupações com o crescimento global, com destaque para a China.
A Bolsa de Londres fechou em queda de 2,71%, aos 5.689,36 pontos; Paris perdeu 3,20%, aos 4.066,31 pontos; e Frankfurt caiu 3,30%, aos 8.979,36 pontos. Já a Bolsa de Milão teve baixa de 4,69%, aos 16.441,20 pontos; Madri recuou 4,44%, aos 8.122,10 pontos e Lisboa perdeu 2,80%, aos 4.771,34 pontos.
Na Alemanha, o índice DAX caiu abaixo dos 9 mil pontos brevemente durante a negociação, pela primeira vez desde outubro de 2014.
Os mercados digeriram ainda os dados de emprego dos EUA, divulgado na sexta-feira, e que mostrou criação de 150 mil em vagas em janeiro, abaixo das expectativas de 190 mil, mas houve melhora nos salários e a taxa de desemprego caiu para 4,9%, o que pode levar o Federal Reserve, o banco central norte-americano, a manter seus planos de sua trajetória de aperto na política monetária.
Além disso, enquanto os mercados na China seguem fechados por causa do feriado do Ano Novo Lunar, notícias negativas vindas do gigante asiático impactaram as bolsas internacionais.
No fim de semana, o país informou que suas reservas cambiais recuaram ao menor nível em mais de três anos. Ou seja, recursos continuam deixando a segunda maior economia do mundo, em meio à desconfiança entre investidores sobre a condição da economia chinesa e diante da probabilidade de maior depreciação do yuan.
Outro ponto a destacar neste dia pessimista foi a contínua queda do petróleo, que ficou pressionado após o encontro entre produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Arábia Saudita e Venezuela terminar sem planos de corte na produção. Com isso, as ações da Seadrill, em Madri, fecharam com queda superior a 13%.
O mau humor no setor de commodities e a preocupação com o crescimento da China também impactaram no preço do cobre, que caiu e levou para baixo os papéis da ArcelorMittal no Reino Unido, que terminaram em queda de mais de 13%.
Na Itália, os bancos foram mais uma vez o foco dos investidores. O UniCredit fechou com queda de 5,82% depois que Leonardo Del Vecchio, um investidor do credor, dizer que pode precisar fazer mudanças de gestão, de acordo com o jornal La Repubblica. E O Monte dei Paschi di Siena caiu mais de 11% depois que o JPMorgan e BNP Paribas cortaram o preço-alvo de suas ações. Fonte: Dow Jones Newswires