Economia

Bolsas europeias fecham majoritariamente em queda pressionadas pela Grécia

As principais bolsas da Europa encerraram o pregão desta quarta-feira, 22, majoritariamente em queda, pressionadas por tensões em torno da crise de liquidez da Grécia. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,13%, aos 408,99 pontos.

Na manhã desta quarta-feira, o porta-voz do Ministério das Finanças da Alemanha, Martin Jaeger, afirmou que o país não tem grandes expectativas de um acordo nas negociações entre a Grécia e seus credores internacionais durante a reunião de ministros de Finanças da zona do euro marcada para sexta-feira. Antes dessa reunião, haverá um encontro entre o premiê grego, Alexis Tsipras, e a chanceler alemã, Angela Merkel, nos bastidores da cúpula da União Europeia, marcada para amanhã em Bruxelas.

Devem prevalecer nessas reuniões as discussões a respeito das reformas que a Grécia se comprometeu a adotar até o final de abril e que estão emperradas há semanas. De um lado, os credores internacionais avaliam que Atenas pode adotar mais medidas de austeridade. Por outro, o governo esquerdista de Tsipras resiste em adotar a linha de mais contingenciamentos. A aprovação do pacote garantiria a extensão do programa de ajuda dos credores internacionais ao governo grego.

Enquanto a queda de braço e as incertezas continuam, prevalece o mau humor nos mercados acionários europeus. “Os investidores estão ficando cansados do excesso de conversa (entre credores e o governo grego) e da falta de ação”, escreveram, em nota enviada a clientes, os economistas do Sberbank, acrescentando que “uma falha no encontro de sexta-feira pode se revelar um ponto de inflexão”.

Pressionada pelas tensões sobre a Grécia, a bolsa de Frankfurt fechou em queda de 0,60%, aos 11.867,37 pontos, com baixo desempenho das blue chips. As ações da Munich Re cederam 1,94%, as da Beiersdorf caíram 1,80% e as da BMW perderam 1,79%.

O índice FTSE-100, da bolsa de Londres, fechou em baixa de 0,49%, aos 7.028,24 pontos. O pior desempenho foi das ações da gigante do setor de supermercados Tesco (-5,15%), que reportou um forte prejuízo no primeiro trimestre desde ano.

A bolsa de Madri fechou em queda de 0,20%, aos 11.399,20 pontos, e a de Lisboa caiu 1,01%, aos 6.014,10 pontos.

Na contramão da maior parte dos mercados europeus, a bolsa de Paris fechou em alta de 0,36%, aos 5.211,09 pontos.

Também fechou em alta o índice FTSE-MIB, da bolsa de Milão, que subiu 0,32%, aos 23.315,40 pontos, após forte volatilidade na sessão. As ações do UniCredit subiram 3,37%, após analistas do banco Berenberg incluírem os papéis na sua carteira teórica e duplicarem o seu preço-alvo.

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