Economia

Bolsas fecham em queda em NY, com investidores de olho na Grécia e no Fed

O impasse nas negociações entre Grécia e seus credores internacionais e a proximidade da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) geraram um clima de cautela em Wall Street nesta sexta-feira, 12. Nem mesmo os números positivos da economia americana divulgados nesta manhã foram capazes de tirar as bolsas de Nova York do vermelho.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,78%, aos 17.898,84 pontos, acompanhado do S&P 500, que baixou 0,70%, para 2.094,11 pontos, e do Nasdaq, que teve retração de 0,62%, para 5.051,10 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou alta de 0,28%; o S&P 500 avançou 0,06% e o Nasdaq caiu 0,34%.

“Houve certamente alguma venda após um par de dias de ganhos”, comentou Seth Setrakian, da First New York Securities.

Na falta de notícias corporativas, os investidores concentraram a atenção nas negociações sobre a ajuda financeira à Grécia. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu a todos os envolvidos nas conversas sobre o resgate da Grécia que retomem as negociações, um dia depois de o Fundo Monetário Internacional anunciar que abandonaria o diálogo com Atenas. Uma fonte do governo grego afirmou que a Grécia está pronta para apresentar uma contrapropostas aos seus credores.

“Estamos em um período silencioso… Isso significa que notícias sobre a Grécia provavelmente terão um grande impacto sobre o mercado”, disse Alan Gayle, da RidgeWorth Investments. “Os investidores estão realmente se preparando para Grécia e Fed na próxima semana”, comentou Darren Wolfberg do BNP Paribas.

O Fed se reúne nos dias 16 e 17 de junho. Dados divulgados hoje alimentaram as perspectivas de um aumento nos juros americanos no fim deste ano.

O índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA subiu 0,5% em maio, frente ao mês anterior, depois de ter recuado 0,4% em abril na mesma base de comparação. O resultado veio melhor do que o previsto pelos analistas, que esperavam alta de 0,4%.

Já o índice de sentimento do consumidor dos EUA, medido pela Reuters/Universidade de Michigan, subiu para 94,6 na leitura preliminar de junho, de 90,7 na leitura final de maio, superando a previsão de alta a 91,5.

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