Na volta aos trabalhos, o presidente da República, Jair Bolsonaro, comentou nesta quinta-feira, 6, sobre o preço dos combustíveis e a Petrobras, temas recorrentes em suas falas. Em entrevista à <i>TV Nova Nordeste</I>, o presidente afirmou que reduziu a dívida da estatal em R$ 100 bilhões, e voltou a atacar gestões anteriores. De acordo com Bolsonaro, a Petrobras foi "completamente aparelhada", durante os governos petistas.
O presidente justificou que, com essas dívidas, a estatal ficou sem capital para investimento. "O que se reflete, na ponta da linha, no preço do combustível", afirmou.
Na série de críticas ao PT, Bolsonaro também afirmou que as refinarias anunciadas pelo governo anterior em 2003 "não foram para frente" e geraram ao País uma dívida "na casa" dos R$ 90 bilhões.
Ao se defender das críticas em relação aos aumentos nos combustíveis, a quem Bolsonaro atribui aos governadores e à cobrança do ICMS, o presidente voltou a defender um valor fixo para o imposto e acusou governadores de fazerem um "trabalho de lobby" contra esse tipo de mudança.
<b>Venda direta de etanol</b>
Durante a entrevista, Bolsonaro ainda afirmou que nesta semana sancionou a venda direta de etanol das usinas para os postos de combustíveis, afirmando que isso deve ter um impacto no preço do combustível. No entanto, a lei que trata do tema foi sancionada justamente com veto do presidente aos artigos que regulavam essa venda direta. Como justificativa, o governo apenas disse que, na prática, o veto não impede as operações de venda direta de etanol, já que o assunto pode ser normatizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.