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Bolt corre duas vezes em 9s87 e vence etapa de Londres da Diamond League

Usain Bolt está de volta. Ainda aparentando estar um pouco pesado, lerdo na reação ao tiro de largada, mas ainda assim o mais rápido. O jamaicano retornou às grandes competições nesta sexta-feira, após quase dois anos sem correr uma prova de alto nível nos 100m, e venceu a etapa de Londres da Diamond League com o tempo de 9s87.

O recordista mundial precisou correr duas vezes no Estádio Olímpico de Londres. Na semifinal, venceu com 9s87, mas deixou a impressão de que não foi mais rápido porque não havia necessidade. Depois, na final, uma hora depois, ainda com a pista molhada da chuva, sofreu para vencer.

O jamaicano teve uma reação muito ruim ao tiro de largada (0s173) e, só ali, perdeu pelo menos três centésimos na comparação com o que pode fazer. Chegou a correr atrás do norte-americano Michael Rodgers, mas assumiu a primeira posição nos últimos 20 ou 30 metros.

A prova não foi das mais rápidas da temporada, mas deve ser levado em consideração não apenas a pista molhada, mas também o vento contrário de 0,8 m/s. Mas cinco atletas correram abaixo dos 10 segundos: Bolt, Rodgers (9s90), o jamaicano Bailey-Cole (9s92), o britânico Ujah (9s96) e o francês Vicaut (9s98).

Logo na sua estreia na temporada, Bolt já iguala a melhor marca do ano de Tyson Gay, ficando a um centésimo de Vicaut e de Keston Bledman, de Trinidad & Tobago. Seus grandes adversários no Mundial de Pequim (China), em agosto, entretanto, devem ser o americano Justin Gatlin (que já correu quatro vezes abaixo de 9s80 e tem 9s74 como melhor marca no ano), o compatriota Asafa Powell (9s81) e a revelação da temporada, o americano Trayvon Bromell (9s84).

Desde que faturou o bicampeonato mundial em Moscou, em agosto de 2013, Usain Bolt só havia participado de quatro provas de 100 metros, sendo duas de exibição, no Rio. Nas últimas duas temporadas, ele tem sofrido com lesões. No ano passado, ajudou a Jamaica a ganhar o ouro no revezamento 4x100m nos Jogos da Commonwealth, bateu o (não oficial) recorde mundial indoor com 9s98, em Varsóvia, e não mais correu. Abortou a temporada para se preparar melhor para 2015.

Neste ano, participou de um evento promocional no Rio e, por lesão, desistiu de alguns eventos nos quais estava inscrito. Voltou para vencer os 200m na etapa de Nova York da Diamond League, mas com o seu pior tempo em final desde a prata no Mundial de Osaka, quando se mostrou ao mundo pela primeira vez.

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