O Bom Senso FC, movimento de jogadores que reivindica melhorias no futebol brasileiro, soltou nota para criticar a assembleia geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizada na terça-feira para decidir pelo aval ou não à criação da Liga Sul-Minas-Rio. De acordo com os atletas, a Profut – a lei que possibilita o refinanciamento da dívida fiscal dos clubes – foi desrespeitada.
“Apenas as 27 federações estaduais foram convocadas, numa afronta clara à recém sancionada Lei do Profut, que prevê a obrigatoriedade da participação das 27 federações mais os 40 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro em assembleias desta natureza”, reclamou o Bom Senso, em comunicado curto.
O movimento lembra que a Profut modifica o parágrafo 2° do artigo 22 e o artigo 22-A Lei Pelé, definindo que “o colégio eleitoral será integrado, no mínimo, pelos representantes das agremiações participantes da primeira e segunda divisões do campeonato de âmbito nacional (no caso o Brasileirão)”.
Reunidos em assembleia geral na sede da CBF, os presidentes das federações estaduais foram unânimes em dizer que não se opõem à liga e a sua competição, desde que ela respeite o que rege os estatutos da CBF e das federações.
Na prática, isso já obrigaria à liga a mudar a tabela de jogos apresentada na segunda-feira, que prevê rodada nos dias 27 e 28 de janeiro, período que o calendário do futebol brasileiro reserva para a pré-temporada. Além disso, a CBF não quer mais tratar do assunto com o CEO da Liga, Alexandre Kalil, que na semana passada declarou que “a casa dos 7 a 1 não quer saber do futebol brasileiro”.