Economia

Bovespa avança 1,01% em sua quinta alta consecutiva

A Bovespa teve nesta terça-feira, 21, seu quinto avanço consecutivo, ao fechar em alta de 1,01%, aos 50.837,80 pontos. O pedido de recuperação judicial feito pela operadora de telefonia Oi afetou as ações do setor bancário, credor de boa parte dos R$ 65,4 bilhões devidos pela empresa. As perdas, no entanto, foram minimizadas e o dia terminou melhor do que começou.

O Índice Bovespa chegou a cair 1,29% pela manhã, com a percepção de que o colapso da Oi teria impacto imediato no balanço de grandes bancos, por conta do aumento das provisões para devedores duvidosos. Uma recuperação veio à tarde, com uma melhora de percepção dos investidores quanto ao desfecho do problema da Oi e seus desdobramentos. O presidente da Febraban, Murilo Portugal, disse que os bancos no Brasil estão bem provisionados. Ao mesmo tempo, começavam a crescer especulações em torno de alternativas para a Oi, como venda a investidores estrangeiros ou mesmo fusão com outras companhias.

Ao final do pregão, Banco do Brasil fechou em queda de 4,46%, depois de ter recuado até 5,06%. Itaú Unibanco ficou praticamente estável, em baixa de 0,03%, após ter recuado até 2,62%. Já Bradesco PN e ON se recuperaram das perdas e fecharam com altas de 1,18% e 1,12%, respectivamente. As ações da Oi, que não fazem parte do Ibovespa e foram excluídas dos demais índices, tiveram os negócios suspensos.

A virada definitiva do Ibovespa aconteceu minutos antes das 15h, quando operadores também observaram a entrada mais expressiva de recursos externos no mercado. Essa recuperação coincidiu ainda com a desaceleração das quedas dos preços do petróleo no mercado internacional, que foram suficientes para determinar uma importante virada nas ações da Petrobras. Assim, Petro ON e PN terminaram o dia com ganhos de 1,79% e 3,81%. Os papéis da Vale fecharam com +0,19% (ON) e -0,16% (PNA).

No cenário externo, o destaque foi a sabatina da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, no Senado americano. Segundo analistas, Yellen mostrou que segue cautelosa e atenta ao cenário externo, o que mostra que o Fed será paciente no curto prazo para subir juros. As incertezas quanto à possibilidade de saída do Reino Unido da União Europeia continuaram a gerar cautela nos negócios, em meio a pesquisas de voto com resultados divergentes. Ainda assim, o índice FTSE 100, da bolsa do Reino Unido, terminou o dia em alta de 0,36%.

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