Passado o primeiro impacto do novo rebaixamento do Brasil e do histórico aumento de juros nos Estados Unidos, as ações negociadas no Brasil encontraram espaço para mais um dia de alta nesta quinta-feira, 17. A Bovespa terminou com ganho de 0,55% (45.261,47 pontos), com R$ 5,8 bilhões em negócios. Na véspera, mesmo com o downgrade do País, houve ganho de 0,28%.
O mercado iniciou o dia repercutindo positivamente a expectativa de avanço no processo de impeachment, a partir do relatório do ministro do STF Edson Fachin a favor da manutenção do rito do processo de impedimento. Essa percepção ajudou a impulsionar a Bovespa, que chegou a subir 2,74%. À tarde, o mercado mostrou apreensão diante da votação bastante disputada no plenário da Corte, com vantagem para o governo em alguns pontos discutidos. A votação seguia em andamento nesta tarde.
O cenário político continuou sendo monitorado de perto e teve como um dos destaques da tarde a aprovação no Congresso do projeto de Orçamento de 2016. Na votação dos destaques, os parlamentares mantiveram a CPMF como previsão de receita no orçamento, dando vitória ao governo nessa questão. O Congresso também aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) com a meta de superávit primário de R$ 30,5 bilhões para as contas do setor público, o equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
A redução do ritmo também teve como influência o desempenho negativo das bolsas americanas, que operaram em queda durante todo o dia. A expectativa era de um desempenho positivo, uma vez que o mercado recebeu bem a forma como o Fed anunciou o aumento de juros, sinalizando para o gradualismo e a cautela nos próximos ajustes.
A queda do petróleo foi outro fator que limitou a alta na bolsa brasileira. Depois de operar em alta durante todo o período da manhã, as ações da Petrobras sucumbiram à queda da commodity e fecharam em baixa de 1,45% (ON) e 1,23% (PN).