Não foi só na competição individual que o judô brasileiro fez campanha ruim em Astana, no Casaquistão. Neste domingo, na disputa por equipes, o time masculino perdeu da Alemanha nas quartas de final e do Casaquistão na repescagem para terminar em sétimo no Mundial. O feminino caiu logo na estreia, derrotado pelo Japão.
A escola japonesa, que venceu todos os confrontos contra brasileiros nas chaves individuais, voltou a atropelar. Logo na primeira luta, Érika Miranda voltou a perder de Misato Nakamura, que a venceu com golpe no último segundo na semifinal da categoria até 52kg.
Rafaela Silva foi superada pela campeã mundial Kaori Matsumoto e Mariana Silva foi estrangulada por Miku Tashiro (bronze no individual). Depois que o confronto já estava definido, Maria Portela e Rochele Nunes perderam para Chizuru Arai e Kanae Yamabe, respectivamente.
No masculino, o Brasil quase vacilou na estreia, contra o Usbequistão. Charles Chibana abriu o placar com ippon, Marcelo Contini ampliou, mas Victor Penalber, medalhista de bronze no Mundial, perdeu para o ex-melhor do mundo Sobirov. Tiago Camilo se machucou durante sua luta, de acordo com a CBJ, e David Moura, com ippon, resolveu.
Diante da Alemanha, Chibana levou um wazari e viu os rivais começarem na frente. Marcelo Contini empatou o combate com um ippon, mas Leandro Guilheiro sofreu um wazari quando vencia sua luta e deixou os alemães fazerem 2 a 1. Com a lesão de Tiago Camilo, Victor Penalber foi escalado uma categoria de peso acima, mas venceu. A vaga na semifinal seria decidida pelos pesados, mas David Moura acabou levando a pior contra Andre Breitbarth, sétimo colocado no individual. O brasileiro perdeu por ippon.
Restava ao Brasil tentar duas vitórias na repescagem para ainda tentar uma medalha. O caminho começou e terminou no Casaquistão. Chibana levou ippon na primeira luta, Marcelo Contini perdeu no golden score em decisão bastante contestada dos árbitros pró-time da casa e Leandro Guilheiro voltou a ser derrotado, sacramentando a eliminação. Penalber ainda venceu sua luta e David Moura encerrou a participação do Brasil caindo de costas num ippon.
A campanha em Astana foi a pior do Brasil em seis anos, só melhor do que o resultado no Mundial de 2009, em Roterdã (Holanda), quando a delegação brasileira não ganhou medalhas. Por equipes, o País também não foi ao pódio em 2014, mas naquela edição ganhou quatro na chave individual.