As equilibradas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, chegam à última rodada, na próxima terça-feira, com seis seleções na busca por três vagas diretas e uma participação na repescagem. Neste contexto de indefinição, o fiel da balança pode ser o já classificado Brasil, que recebe o Chile no Allianz Parque e pode, além de tirar o adversário do Mundial, ajudar a rival Argentina.
A única seleção do continente já classificada para a Copa pretende ficar alheia à polêmica. O Brasil tem se cobrado para, mesmo já classificado para a Copa, manter o nível de desempenho e continuar com vitórias convincentes, independentemente das condições dos adversários. “A motivação nossa é maior ainda por ser o último jogo em casa. É uma forma de agradecer à torcida por tudo o que fizeram. Nós não gostamos de perder, ainda mais em casa, então pode ter certeza de que vamos dar 100% no jogo contra o Chile”, avisou o atacante Neymar.
O Chile é o terceiro colocado das Eliminatórias, com 26 pontos, e em caso de derrota no Allianz Parque pode ser ultrapassado por Argentina, Paraguai e pelo vencedor do confronto direto entre Colômbia e Peru, em Lima. Com a equipe de Messi em sexto lugar e tendo o Equador pela frente, em Quito, uma vitória brasileira seria fundamental para ajudar tirar a seleção vizinha do sufoco vivido atualmente, sendo que a Argentina hoje ocupa uma posição que não dá vaga sequer uma vaga na repescagem.
A seleção brasileira tem várias razões para se manter motivada para a rodada final das Eliminatórias. O primeiro é a despedida do Brasil, pois o jogo é o último em casa antes da Copa do Mundo. “Temos que fechar as Eliminatórias com chave de ouro. É preciso fazer o dever de casa. A seleção sempre tem cobrança e temos de fazer de tudo para vencer o Chile”, disse o meia Willian. A partida no Allianz Parque deve ter uma grande festa para marcar a partida rumo à Rússia.
O segundo motivo para o Brasil se mobilizar é a revanche. Os chilenos foram a única equipe a bater a seleção nas Eliminatórias, ao fazerem 2 a 0 em Santiago em outubro de 2015, na primeira rodada. O outro fator para o grupo é que o técnico Tite tem ressaltado ao elenco que os jogos já devem ser encarados como os de uma Copa do Mundo. Então, muitos jogadores vão querer demonstrar serviço.
“Tratamos o Chile como mais um jogo de preparação para a Copa. Por isso é importante se concentrar, trabalhar e se preparar para merecer vencer”, afirmou o meia Renato Augusto. Apesar de fugir da polêmica, o Brasil terá a torcida na última rodada de pelo menos cinco seleções interessadas no resultado da partida em São Paulo.