O governo brasileiro foi informado oficialmente que a Itália decidiu suspender, pela segunda vez, a extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que deveria ser transferido para cumprir pena no Brasil, a partir da semana que vem. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o governo “respeita a decisão das autoridades italianas”, mas que vai “continuar lutando para que a decisão da Justiça brasileira seja cumprida”.
Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 12 anos e sete meses de prisão no processo do Mensalão, mas fugiu para a Itália. A defesa de Pizzolato entrou com recurso nesta sexta-feira (12) para tentar impedir sua extradição ao Brasil. A apelação foi feita ao Conselho de Estado, segunda e última instância da justiça administrativa, que acolheu o pedido por meio de liminar. Pizzolato, atualmente está preso na cadeia de Modena. O governo brasileiro já havia acenado que iria buscá-lo na segunda-feira (15) primeiro dia do prazo estipulado para a extradição.
“A Itália é um país soberano e toma as decisões de acordo com o seu entendimento e a compreensão da sua legislação”, declarou o ministro José Eduardo Cardozo. “Evidentemente que nós, em conjunto com o Ministério Público, estaremos fazendo o possível para que as decisões da Justiça brasileira sejam cumpridas e respeitadas. Por esta razão nós aguardaremos a decisão final e estaremos prontos para tomar as medidas necessárias para extradição, caso efetivamente a decisão de que será possível que isto ocorra, se confirme”, afirmou o ministro, que estava na tarde desta sexta-feira, em Florianópolis.