Além da vitória da seleção brasileira masculina de polo aquático na estreia, na qual derrotou o Casaquistão por 6 a 2, o Brasil teve outros motivos para comemorar o seu desempenho nesta segunda-feira no Mundial de Esportes Aquáticos, em Budapeste, na Hungria. Um deles foi o sétimo lugar obtido por Renan Alcântara e Giovana Stephan na final do dueto misto do nado sincronizado, que foi o melhor resultado do País nesta modalidade na história da competição.
Renan e Giovana já haviam feito história como primeiros competidores do País como primeiro dueto misto do País a disputar um Mundial no nado sincronizado. Treinando juntos há dois anos, eles agora conquistaram a sétima posição com o tema “Balé da Bela Adormecida”.
Este resultado foi o melhor resultado do Brasil já obtido entre todas as categorias do nado sincronizado em Mundiais e superou o oitavo lugar que uma equipe combo do País conquistou em 2009, na Itália. O dueto formado por Renan e Giovana, porém, foi apenas o sétimo melhor entre dez duplas que competiram nesta final.
O dueto brasileiro arrancou aplausos das arquibancadas com sua apresentação e atingiu a pontuação final de 79.0853, superando os 77.1826 contabilizados nas eliminatórias da prova. “A gente gostou muito, nosso objetivo nessa final era melhorar a nota e chegar mais perto dos 80, então estamos satisfeitos com o resultado. O tema é forte e todos conhecem e vibram com a música (“Overture, Pas de deux, Waltz of flower”), por isso escolhemos. Hoje entramos confiantes, mas mais tranquilo. Treinamos bastante e estávamos bem antes da prova. Um borboleta parou na Giovana antes de entrarmos, estava tudo conspirando para dar certo e deu”, comemorou Renan.
“Estamos felizes, fizemos tudo que dava para fazer, a sensação é de dever cumprido. Gostamos da prova de hoje e gostamos do livre também. São outros momentos de tensão. Nesta prova, os elementos são os momentos mais tensos, no livre nós nos preocupamos mais com as alçadas e sincronismo. Tenho a experiência de outros Mundiais, mas é sempre bom poder estar entre os melhores do Mundo, ver essa estrutura linda”, completou Giovana Stephan.
No final das contas, a medalha de ouro ficou com a dupla da Itália formada por Manila Flamini e Giorgio Minisini, enquanto a prata foi para os russos Aleksandr e Mikhaela Kalancha, derrotados por uma diferença mínima pelos campeões (90,2979 contra 90,2639), invertendo assim as colocações que os duelos obtiveram na fase classificatória. Já o bronze foi obtido pelos Estados Unidos, com Bill May e Kanako Spendlove, que somaram 87,6682 pontos.
FINAL INÉDITA – Outro feito a comemorar nesta segunda-feira pelo Brasil foi o fato de que Luana Lira e Tammy Galera conquistaram pela primeira vez para o País uma vaga em uma final de duplas dos saltos ornamentais de um Mundial. O feito obtido ocorreu no trampolim de 3m sincronizado, antes de na decisão terminarem em 12º lugar.
O feito comprovou o bom momento do dueto brasileiro, que está competindo junto há apenas três semanas e neste período também obteve um bronze na etapa de Bolzano do Grand Prix da Federação Internacional de Natação.
“Valeu muito a experiência e foi incrível. Infelizmente a falta de treino pesou na final. Os saltos em geral foram bons, mas pecamos na sincronização. Pela manhã conseguimos manter mais o sincronismo. A gente tenta adaptar a saída uma da outra, mas ainda não conseguimos ter fluência, por exemplo, na saída. Não conseguimos pular para a ponta sem ter que olhar uma pra outra. Temos que pular para a ponta com mais calma, estender mais o braço, alongar mais… a falta de tempo para acertar esses detalhes pesou agora”, analisou Tammy após a final, depois de ter competido anteriormente de forma individual na disputa dos saltos do Mundial de Kazan, na Rússia, onde Luana também esteve presente da mesma maneira.
“Agora no final foi que diferenciamos no sincronismo, mas foi muito bom ter entrado na final. A gente tenta pensar no salto, mas o que faltou foi treino mesmo. Procuro acreditar naquilo que eu tenho”, completou Luana.