A história das Paralimpíadas de Londres para o Brasil está sendo bem diferente do que foram as Olímpiadas 2012, mês passado, também na capital inglesa. Se os atletas brasileiros de ponta não possuem tantos recursos e patrocínios para disputarem as competições, quem dera os que são portadores de deficiências físicas. Entretanto, em vez do fiasco proporcionado pelos brasileiros nas Olimpíadas, como a da equipe de atletismo, que recebe de instituições públicas um forte patrocínio, chegou a raias do absurdo de ter uma atleta se negando a disputar uma competição, alegando que o vento estava forte, os desportistas das Paralimpíadas dão um exemplo à parte.
Na verdade, não é somente o número de medalhas que deve ser levado em consideração, mas sim a própria superação do ser humano. Tragédias pessoas ocorridas no passado, mas que na verdade mostram o verdadeiro espírito olímpico de um povo, que se revela na esperança, na fé, na perseverança e na dignidade. Esses atletas, não são movidos pela ostentação e nem pelo dinheiro, mas sim, para mostrar a toda a sociedade que adversidades podem e devem ser superadas. Que a partir de uma tragédia, uma nova vida tem início.
É justamente isso! Esse é o ponto. Essas pessoas não querem ser tratadas como coitadas, eles querem mostrar para a sociedade seus valores individuais e suas conquistas. Servem de exemplo para o nosso dia-a-dia, que desafios devem ser vencidos e que não podemos nos abalar por coisas infinitamente insignificantes em relação ao que eles passaram.
Na última quarta-feira, presenciamos mais dois exemplos disso, Jovane Silva Guissone fez história conquistando a primeira medalha do Brasil na esgrima de cadeira de rodas em Paraolimpíada. E, logo após o feito, o gaúcho mostrou na prática uma das coisas que mais prega: pensar positivamente.Outro exemplo, foi a brasileira Terezinha Guilhermina que comemorou a medalha de ouro conquistada na prova dos 100 m T11. Um dia antes, dores musculares fizeram com que seu companheiro caísse durante a prova. Solidária, desistiu da prova para socorrer seu parceiro. Depois subiu no lugar mais alto do pódio.
O Brasil, até quarta-feira, ostentava a 8ª posição, com 12 medalhas de ouro, 12 de prata e cinco de bronze, totalizando 25 premiações. Muito diferente das badaladas Olimpíadas.