O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse considerar um intervalo maior entre aplicações das duas doses necessárias da vacina desenvolvida contra o novo coronavírus, a Coronavac, a fim de garantir que uma parcela maior da população no grupo de risco possa ser vacinada nos dias iniciais da campanha de imunização contra a covid-19.
Ao todo, existem 10,8 milhões de doses da vacina em solo brasileiro. Segundo o Plano Estadual de Imunização de São Paulo, seriam necessárias 9 milhões de doses para garantir a primeira dose da etapa inicial da fase de imunização, que inclui idosos com mais de 60 anos, indígenas, quilombolas e profissionais da saúde.
A aplicação da segunda dose seria realizada após um intervalo de 21 dias. Segundo Covas, o intervalo entre a aplicação das doses pode ser de 14 dias, dilatado até 28 dias.
Nos próximos dias, o instituto deve se reunir com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para solicitar o registro emergencial do imunizante.
Segundo informou Covas, o registro definitivo deve ser feito primeiro na China pela parceira do instituto no desenvolvimento da vacina, a farmacêutica Sinovac.