Cidades

Cadê o trem?

Obra prevista inicialmente para funcionar na Copa de 2014, o Trem de Guarulhos (Linha 13-Jade) ficou – segundo estimativas do Governo do Estado em meados do ano passado – para o final de 2017. No entanto, já existe a preocupação de a data voltar a ser postergada, já que o governador Geraldo Alckmin (PSDB), em seu contingenciamento de gastos, vem tirando o pé de várias obras sobre trilhos. A ligação do Aeroporto e Cecap até São Paulo pode atrasar ainda mais.
 
 
 
Tiro no pé?
 
Sem dúvida, esses atrasos complicam a vida do PSDB, já que devem ser usados eleitoralmente contra os candidatos do partido. Porém, em Guarulhos, apesar de ser oposição aos tucanos, o deputado estadual Alencar Santana (PT) pode sair chamuscado. Não é difícil entender. Ao abraçar essa bandeira, tentou passar a ideia de que as linhas férreas só chegariam à cidade graças a seu trabalho. Agora, sem trem e sem metrô, o que ele vai dizer para seus eleitores?
 
 
 
Mesma tecla
 
Em postagens recentes no Facebook, Alencar insiste no tema, ao citar que conseguiu do Estado o compromisso da contratação do projeto de extensão do trem de Guarulhos até Bonsucesso e Pimentas. “Com o prolongamento, serão mais 13 quilômetros e quatro novas estações, beneficiando cerca de 400 mil pessoas todos os dias”. Ou seja, ele comemora uma promessa que não é dele e tem pouquíssimas chances de se viabilizar em um curto espaço de tempo.
 
 
 
E o salário, ó!!!!
 
Uma conta que circula nas redes sociais, feita pelo servidor municipal “Tião do Saae”, aponta que um trabalhador braçal da Prefeitura de Guarulhos recebia em 2001 o salário de R$ 478,61, o que era equivalente a 3,169 salários mínimos da época. Hoje, o mesmo funcionário público recebe R$ 1.096,76 – ou 1,391 SM. Detalhe: ele se baseou no valor de dezembro, quando o mínimo estava ainda a R$ 788,00. A defasagem só aumenta.
 
R$ 3.086.660,01
 
Este é o valor que a CCR NovaDutra, concessionária que administra a Rodovia Presidente Dutra, repassou a Guarulhos de ISS em 2015
 
 
 
“O repasse de ISS gera um ciclo positivo. Parte da receita arrecadada é revertida aos municípios em forma de recursos pelo imposto. Todas as cidades às margens da rodovia recebem a alíquota máxima do ISSQN, com isso, a via Dutra contribui para o seu desenvolvimento, crescimento e investimentos nas cidades”
 
João Daniel Marques, diretor da CCR NovaDutra, no dia em que a Via Dutra comemorou 65 anos de inauguração
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