Caminhoneiros: movimento em SP é pontual e descentralizado, dizem representantes

A manifestação de caminhoneiros observada na tarde de segunda-feira (11) em rodovias de São Paulo é um movimento autônomo e descentralizado, segundo representantes da categoria ouvidos pelo <b> Broadcast Agro </b>. "É um grupo de motoristas que não concorda com as medidas de quarentena adotadas em São Paulo, especialmente sobre o novo sistema de rodízio", disse o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão.

Segundo Chorão, o movimento verificado nesta segunda não estava ligado diretamente a nenhuma entidade representativa da classe. "Defendemos a melhora das condições da categoria e não nos envolvemos em pautas políticas como o impeachment do governador do Estado, João Dória, que estava sendo solicitado no movimento", afirmou.

Ele esclarece que os caminhoneiros foram excluídos do rodízio adotado na capital paulista, em que carros com placas pares só podem circular em dias pares e veículos com placas ímpares são autorizados a transitar em dias ímpares. "Nosso pedido era esse e foi atendido", acrescenta o representante, citando que a entidade defende o isolamento vertical.

Representante da Associação Nacional dos Caminhoneiros Boiadeiros, Alcides Viana também relatou que a entidade não vê motivo para movimentos organizados neste momento. "O diesel está com preço baixo e há uma grande disputa por frete para carregar soja e milho. Vemos dificuldades somente no setor de gado de reposição, porque, como o gado de reposição está muito caro, tem menor demanda por esses animais e consequentemente por frete", afirmou Viana.

O caminhoneiro Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, também considera que o movimento é pontual, de "uma parcela mínima barulhenta que não tem força para paralisação".

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