Dois anos depois, o volante Walace está de volta à seleção brasileira. Ex-Grêmio, o atual jogador do Hannover comemorou nesta terça-feira a oportunidade concedida pelo técnico Tite para os amistosos com a Arábia Saudita, na sexta-feira, e com a Argentina, no dia 16, ambos em solo saudita.
“Eu procuro tratar esse momento como a oportunidade da nossa vida. Eu tenho que mostrar tudo o que me fez voltar à seleção. Creio que os novos jogadores tenham essa mentalidade também, todo mundo quer voltar à seleção, todo mundo quer estar aqui novamente”, disse o jogador de 23 anos.
Walace não defendia a seleção principal desde 2016 desde que foi chamado de última hora para a disputa da Copa América Centenário, nos Estados Unidos – substituiu Luiz Gustavo naquela competição. Junto com a seleção, não teve sucesso na edição especial do torneio.
Mas, dois meses depois, teve participação efetiva numa conquista histórica para a seleção: a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Na ocasião, sua entrada mudara o jeito do meio-campo atuar, o que abriu caminho para a busca do título.
Porém, o modesto jogador nega a participação tão decisiva. “Não foi literalmente o Walace que mudou a seleção, mas sim o conjunto, a atitude de cada um a partir do terceiro jogo. A torcida veio junto com a gente”, comentou o jogador, nesta terça.
Questionado sobre a sua recente trajetória, Walace atribuiu a ausência na seleção nos últimos anos às dificuldades enfrentadas quando defendia o Hamburgo. “Na Alemanha eu tive problemas no começo, é difícil. O treinador queria que eu jogasse de zagueiro, eu não me sentia bem para jogar assim”, afirmou.
Walace só conseguiu voltar para a sua posição e também para a boa fase em campo no Hannover, time que passou a defender neste ano. “Hoje estou no Hannover, me dou bem com todos e isso é o que importa”, declarou.