Mais da metade das transações bancárias no País, ou 52%, são feitas via meios digitais, como internet e celular. Essa é uma das conclusões da pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária referente a 2014. O estudo da Federação Brasileira de Bancos aponta que 47% das contas ativas no País, ou 51 milhões delas, utilizam internet banking e 24% (25 milhões), smartphones. A penetração dos smartphones deve chegar a 41% em sete anos, diz o estudo.
O mobile banking teve crescimento de 180% no volume de movimentações financeiras em 2014 sobre o ano anterior, para 260 milhões de transações. Contratação de crédito cresceu ainda mais, 190%, para 10 milhões de transações.
Por sua vez, o internet banking segue evoluindo, com alta de 8% no número de transferências, DOCs e TEDs e de 11% no pagamento de contas. Somados, esses serviços geram 1,5 bilhão de transações. Também cresceu a contratação de crédito pela internet, em 20%, para 40 milhões de transações.
Embora crescentes, os canais digitais correspondem a 20% do volume de operações com movimentações financeiras, o que mostra o potencial de mercado a explorar, no entendimento da Febraban. O diretor Setorial de Tecnologia Bancária da Febraban, Gustavo Fosse, nota que, mesmo com o uso de diferentes canais, as agências bancárias continuam sendo importantes, com um papel mais “consultivo”. “Muitos clientes procuram seus gerentes para saber mais sobre novas oportunidades de investimento e serviços que podem ser contratados, com base em seus perfis”, afirma Fosse, em nota à imprensa.
O número de agências bancárias cresce em todo o País, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, que mantiveram um aumento acima dos 5%, o dobro da média nacional, conforme os dados da pesquisa em parceria com a Strategy&.
Investimento
Em 2014, as despesas e investimentos em tecnologia feitos pelos bancos alcançaram R$ 21,5 bilhões, acima da taxa de inflação (11% ao ano), ainda conforme o levantamento da Federação. Os gastos com tecnologia da informação das instituições financeiras respondem por 18% do total feito por empresas no País, em paridade com países como Estados Unidos e França. Destaque para investimento em desenvolvimento de softwares, que cresceu em 2014 16%, seguido por hardware (6%) e telecom (2%).