Após chuva, o Sistema Cantareira chegou ao 80º dia sem registrar queda no volume. O volume negativo do sistema, que leva em conta o conteúdo do volume armazenado subtraído do volume morto, ficou em – 9,2%, de acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgados nesta quarta-feira, 22. O valor é o mesmo da terça, 21.
Desde a semana passada, a Sabesp passou a publicar o nível do volume negativo após determinação da Justiça. A liminar obrigando a companhia foi concedida em 16 de abril pelo juiz Evandro Carlos de Oliveira, da 7ª Vara de Fazenda Pública, a partir de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) no dia 10 de abril.
O nível também é estável se for considerado o conceito antigo de divulgação da Sabesp – 20,1%. Em um terceiro conceito, que leva em conta o volume útil acrescido do volume de reserva técnica, o nível também ficou estável, em 15,5%.
Na prática, tanto a metodologia que deixa o manancial com 20,1% quanto o que mostra 15,5% consideram o mesmo volume de água armazenada. O que muda é a base de comparação. Na primeira, o porcentual é resultado da divisão do volume armazenado pelo volume útil, que desconsidera o volume morto. Na segunda, é comparado ao volume total, que traz a capacidade do Cantareira incluindo os dois volumes mortos.
Houve chuva de 2,4mm na região do Cantareira nas últimas 24 horas. A precipitação acumulada no manancial nos primeiros 22 dias do mês é de 39,8 milímetros, ainda abaixo da média histórica de 89,8 milímetros, em abril.
Outros mananciais
O maior aumento porcentual de volume ocorreu no sistema Rio Claro – foi de 45% para 46,3%. Alto Cotia também registrou elevação no reservatório, que foi 65,2% para 65,3%. Guarapiranga e Rio Grande caíram para 82,4% (- 0,2%) e 95,8 (- 0,2%), respectivamente. O sistema Alto Tietê ficou estável em 22,3% de sua capacidade.