Após oito meses de queda, as represas que formam o Sistema Cantareira registraram alta no nível da água ontem (24). Com as chuvas dos últimos dias, o manancial subiu 0,3 ponto porcentual e passou de 6,7% para 7%, de acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
A alta é a primeira desde o dia 16 de abril, sem contabilizar o bombeamento das águas do volume morto do Cantareira – o governo Geraldo Alckmin (PSDB) já lançou mão desse recurso por duas vezes. De acordo com a Sabesp, a pluviometria acumulada de dezembro chegou a 140 milímetros, o que representa mais da metade da média histórica do mês, que é de 220,9 milímetros.
Em setembro, o secretário de Recursos Hídricos, Mauro Arce – que deixa o cargo em janeiro, substituído por Benedito Braga -, disse que, se chover o esperado, o Cantareira estaria 100% recuperado em 1 ano. O Estado mostrou, no domingo, que, se a vazão voltar à média histórica, o sistema chegará ao fim de abril de 2015 com 22% da capacidade, situação melhor do que a de abril de 2014.
Outros mananciais O Sistema Cantareira é responsável hoje pelo abastecimento de 6,5 milhões de pessoas que vivem na capital e em outras cidades da região metropolitana de São Paulo. Desde o início da crise, em janeiro, ele tem sido reforçado por outros sistemas que servem o Estado, como o Alto Tietê, que também registrou alta no nível ontem.
Os dados da Sabesp mostram que, no caso do Alto Tietê, a recuperação foi maior. Entre terça e ontem, o nível passou de 10,5% para 11,1% – alta de 0,6 ponto porcentual. O manancial atende atualmente 4,5 milhões de paulistas.
A melhora no Cantareira e no Alto Tietê foi acompanhada por outros sistemas importantes da Grande São Paulo, como Guarapiranga, cujo nível passou de 36,6% para 38,3%, e Rio Grande, que subiu de 66,7% para 69%. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.