Noticia-geral

Capital paulista ficará mais duas semanas sem chuvas

Não chove há 13 dias em São Paulo e a cidade só deverá receber novas pancadas de chuva a partir do dia 20 de agosto, quando há previsão da chegada de uma nova frente fria. Até lá, o clima seco e quente deverá predominar, prejudicando a qualidade do ar. Nesta sexta-feira (7), a umidade relativa do ar caiu até 26%, colocando toda a cidade em estado de atenção.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura, os termômetros marcavam 28ºC, na tarde da sexta, nas estações meteorológicas nos aeroportos de Congonhas, na zona sul e do Campo de Marte, na zona norte. A umidade relativa do ar foi de 28% e 26%, respectivamente.

Para este sábado e domingo, o CGE previa máximas de 30ºC e índices de umidade abaixo dos 30% nas horas mais quentes do dia. No fim da tarde do domingo, haverá aumento de nebulosidade, mas não há previsão de chuva.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a umidade relativa do ar é influenciada pela temperatura. O clima seco – comum em agosto -, associado a dias quentes em pleno inverno, derruba ainda mais os índices de umidade.

De acordo com Franco Villela, meteorologista do Inmet, o cenário de baixa umidade e calor já se prolonga desde a última chuva registrada, no dia 26 de julho. Mas, quando os índices de umidade ficam entre 20% e 30%, a cidade entra em estado de atenção.

“A faixa de umidade mais favorável para o conforto humano fica em torno de 60%. A baixa umidade, que já dura vários dias, traz problemas como ardência e ressecamento das mucosas e dos olhos, além de insuficiência respiratória – especialmente para quem já tem sensibilidade”, disse à reportagem.

De acordo com ele, o cenário tende a se manter nos próximos dias. “Podemos ter uma pequena melhoria, muito discreta, na terça-feira. Mas a situação só vai ficar mais confortável no próximo fim de semana, quando uma massa de ar úmido deverá trazer alguns chuviscos”, disse Villela.

Ele informou, no entanto, que os chuviscos não deverão alterar em nada a situação dos reservatórios. Segundo Villela, a ocorrência de nevoeiros pela manhã nos últimos dias não é suficiente para alterar a baixa umidade. “Durante os nevoeiros, a umidade relativa do ar é de praticamente 100%, mas com sol e calor durante o dia, à tarde os índices de umidade estão caindo para a faixa dos 30%.”

A dinâmica do aumento de temperatura ao longo do dia, segundo Villela, favorece o fenômeno de inversão térmica, que impede a dispersão de poluentes para as partes mais altas da atmosfera. “Isso prejudica ainda mais a qualidade do ar, agravando os problemas relacionados à baixa umidade.” Com o estado de atenção em São Paulo, o CGE recomenda que as pessoas bebam muita água, umidifiquem os ambientes com vaporizadores e toalhas molhadas e se protejam do sol. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Posso ajudar?