Economia

CBIC diz que acordo com governo é voto de confiança e espera que seja cumprido

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, afirmou nesta terça-feira, 30, que o acordo fechado com o governo para a regularização dos pagamentos para o setor da construção representa um avanço, mas os empresários do setor esperam que seja efetivamente cumprido. Em entrevista por telefone ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Martins admitiu, no entanto, que o setor ainda não está satisfeito.

O dirigente da CBIC disse que o acordo é um voto de confiança e que a decisão traz previsibilidade aos pagamentos. Ele ponderou, no entanto, que o acordo, que prevê pagamentos em 30, 45 e 60 dias, traz ônus para o fluxo de caixa das empresas. “Esse é o preço que estamos pagando, mas esperamos que esse preço não aumente e que o compromisso do governo seja cumprido”, disse o executivo, ao ressaltar que a instituição ainda tentará reduzir esses intervalos.

O setor recebeu em reunião ontem à noite a proposta do governo, que foi apresentada hoje em reunião fechada para cerca de 70 empresários do setor, que ameaçava entrar na Justiça contra os atrasos.

Martins explicou que, pelo acordo fechado com o governo, para as empresas com faturamento anual de até R$ 48 milhões o pagamento dos atrasados será feito em 30 dias. Para as empresas com faturamento entre R$ 48 milhões e R$ 90 milhões, em 45 dias. Acima de R$ 90 milhões, a regularização será feita em 60 dias.

Entre as propostas para o setor, o governo se comprometeu a readequar o cronograma de projetos cujas obras tenham menos de 70% de execução. Para o presidente da CBIC, esse assunto ainda terá de ser monitorado de perto. “Está tudo no condicional”, disse o executivo.

Posso ajudar?