O consumo de energia elétrica no Brasil atingiu 59.291 MW médios entre 1º e 14 de outubro, de acordo com dados computados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O montante representa queda de 1,72% em relação ao mesmo período do ano passado. A geração de energia, por sua vez, totalizou 62,299 mil MW médios, retração de 0,33% em igual base comparativa.
O levantamento considera 9.337 pontos de medição cadastrados no Sistema de Coleta de Dados de Energia (SCDE) da CCEE, com um porcentual de 5,58% de dados faltantes. Três quartos são relativos a medições em pontos de consumo. Por isso, explica a CCEE, a variação de 1,72% “não pode ser considerada como significativa”.
A região Sudeste respondeu por 61% do consumo e 57% da energia gerada no País, em função principalmente de grandes projetos hidrelétricos. As usinas de Itaipu, Jirau e Santo Antônio são contabilizadas neste submercado. A região Sul aparece em seguida, com 17% do consumo e 21% da geração.
O principal destaque da primeira quinzena de outubro ficou por conta da energia eólica, cuja geração saltou 108,4% na comparação anualizada, atingindo 2.079 MW médios. A geração hidráulica, por outro lado, encolheu em todas as comparações. Entre grandes projetos, com mais de 30 MW de potência instalada, a geração foi 13,3% menor, a um total de 40,220 mil MW. A geração entre pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), participantes ou não do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), encolheu pouco mais de 10% na mesma base comparativa.
A menor geração hidrelétrica foi compensada basicamente pela expansão de 39,9% da geração térmica, a qual atingiu 17,963 mil MW médios na primeira quinzena de outubro. A geração das térmicas a gás, as mais relevantes para o sistema nacional, cresceu 43,3%, para 6,982 mil MW médios. O maior destaque do período, porém, ficou com as térmicas a óleo, com salto de 203,4% na comparação anualizada e um total de 2,931 mil MW gerados.