Inaugurado em meio à crise de saúde pública provocada pela expansão do zika vírus e de casos de má-formação neurológica, o Centro de Referência de Microcefalia, no Recife, recebe menos da metade dos pacientes que poderia atender. Trinta das 72 vagas estão ocupadas.
A Secretaria Municipal de Saúde diz que o espaço, aberto em janeiro, é muito recente e está em período de consolidação. O Centro de Referência faz parte do plano de ações de combate ao Aedes aegypti apresentado pelo prefeito Geraldo Julio (PSB) no fim de 2015. A unidade é equipada com um Núcleo de Desenvolvimento Infantil para reduzir impactos provocados pela microcefalia.
Para isso, conta com uma série de especialistas: pediatras, neuropediatras, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e assistentes sociais. Sobre a mesa deles, no entanto, os prontuários médicos ainda são poucos. “Eu esperava que fosse começar com mais pacientes”, afirma um funcionário.
Antes de chegar ao Centro de Referência, o bebê é examinado em um hospital, onde faz exame de tomografia e passa por consulta com infectologista e neurologista.
Uma das pacientes da unidade é Rhiana Ágata, de três semanas, que nasceu com 32 centímetros de perímetro cefálico. A mãe, Shirley da Silva, de 23 anos, contraiu zika no sexto mês de gestação. “Não sabia que podia passar para ela”, diz. Ela espera resultado de exames para confirmar o diagnóstico.
Complementar
Para o secretário municipal de Saúde, Jailson Correira, o Centro de Referência oferece um serviço “complementar” ao de hospitais. “É possível que ainda leve um tempo para que o centro se consolide”, afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.