Mattia Binotto, chefe da Ferrari, revelou, nesta segunda-feira, que a tradicional equipe italiana não concederá privilégios a um de seus pilotos no início da temporada 2021. Segundo o dirigente, o monegasco Charles Leclerc e o espanhol Carlos Sainz vão começar a disputa em condições semelhantes.
O fato de Leclerc estar na equipe desde 2019, quando substituiu o finlandês Kimi Raikkonen, não o credencia com regalias diante de Sainz, que chega em Maranello para a vaga do alemão Sebastin Vettel.
"Não há nada no contrato de Charles que diga que ele é o primeiro piloto. Ambos serão livres para brigar na pista. É importante que não se prejudiquem, isso é claro, mas terão oportunidades iguais no início da temporada. Nossa maior prioridade é, como eu disse no passado e isso permanece, otimizar a pontuação do time. Então talvez em algumas corridas seja importante que os dois tenham de ajudar o time ou aceitar decisões tomadas no interesse da equipe", disse Binotto.
Segundo o dirigente italiano, "ordens" poderão ser estabelecidas com o decorrer do campeonato, caso um dos dois esteja em uma posição mais próxima de conquistar um campeonato. "Ao fim da temporada, se houver uma clara vantagem de um piloto sobre o outro e algo que esse piloto ainda possa conquistar, e que não seja possível para o companheiro, abriremos uma discussão entre os dois. E só então veremos como um podera ajudar ao outro e ainda ajudando também o time. Mas otimizar os pontos da equipe é nossa prioridade."
O ano de 2020 foi péssimo para a Ferrari, que terminou o campeonato apenas na sexta colocação, com 131 pontos, atrás de Mercedes (573), Red Bull (319), McLaren (202), Racing Point (195) e Renault (181).
Entre os pilotos, Leclerc foi o oitavo (98 pontos) e Vettel apenas o 13º (33 pontos). O britânico Lewis Hamilton conquistou a sétima taça, ao somar 347 pontos.
A temporada 2021 da Fórmula 1 terá início em 28 de março, com o GP do Bahrein. A corrida em São Paulo está prevista para 7 de novembro e a última etapa em 12 de dezembro, em Abu Dabi.