O chefe da Honda, Alberto Puig, revelou que aconselhou o brasileiro Diogo Moreira a encarar o primeiro dia de testes na MotoGP com calma, nesta terça-feira (2). O dirigente admitiu que o primeiro contato com a classe rainha do Mundial de Motovelocidade “pode ser um inferno”.
Campeão da Moto2, Moreira debutou com a RC213V em novembro passado, durante o teste pós-temporada de Valência. Na ocasião, o piloto completou 57 voltas e, com a melhor delas em 1min31s197, fechou o dia 1s824 atrás do líder, Raúl Fernández.
Assustado com a velocidade
Após o teste, Moreira assumiu que estava assustado na primeira vez em cima da Honda, já que a velocidade da moto era muito maior do que estava acostumado.
“Na primeira saída, foi difícil acelerar ao máximo na reta”, contou o agora #11. “Estava um pouco assustado no início, mas, no fim, curti muito, então acho que foi muito melhor na última sessão”, ponderou o brasileiro.
Alberto Puig comentou a reação do piloto e destacou que ele havia sido alertado com antecedência para encarar o teste com tranquilidade.
“O primeiro dia com uma MotoGP é muito complicado. Pode ser um inferno”, disse Puig. “Nós o avisamos para que encarasse as coisas com calma, como terá de fazer também nos testes de Sepang no ano que vem”, orientou o chefe da Honda.
Puig reconheceu que “uma mudança de categoria não é fácil”, mas manteve sua fé na aposta da Honda em Moreira na MotoGP.
“Qualquer piloto que chega depois de se coroar campeão do mundo, não ganhou por acaso”, defendeu Alberto. “É um piloto jovem, com aspirações, e estou certo de que, com tempo, vai para cima”, encerrou.


