Em partida com chances esporádicas de gol, o Chile empatou por 1 a 1 com a Austrália, neste domingo, no Estádio Spartak, em Moscou, e garantiu sua classificação às semifinais da Copa das Confederações.
O time de Juan Antonio Pizzi, que poderia perder por até um gol de diferença, saiu atrás no placar. A partir de um erro na saída de bola de Claudio Bravo e de uma divida dentro da área, Troisi recebeu livre e encobriu o goleiro.
A igualdade veio na primeira metade do segundo tempo, em pressão no campo de ataque. Após dois cruzamentos seguidos de Hernández, Vargas escorou para o meio e Rodríguez completou na saída de Mat Ryan.
O resultado em Moscou combinado com a vitória por 3 a 1 da Alemanha sobre Camarões, em Sochi, fez com que o Chile avançasse na segunda colocação do Grupo B, com cinco pontos. Assim, enfrentará a seleção de Portugal na semifinal, na próxima quarta-feira, em Kazan. Já os alemães, com sete pontos, permanecerão em Sochi, onde jogarão contra o México, na quinta.
O JOGO – Tentando forçar o erro chileno, a Austrália começou o primeiro tempo pressionando a saída de bola e induzindo chutões. A alternativa encontrada pelo Chile foi a troca de passes rápidos, que resultavam em saídas pelas laterais, principalmente pela direita, com Jose Fuenzalida.
Após aproveitar rebote de Mat Ryan em cabeçada de Vidal, Alex Sánchez teve a chance mais clara do jogo aos 25 minutos do primeiro tempo. Lançado nas costas de Milligan, o atacante do Arsenal ainda ficou cara a cara com o goleiro e foi ao chão após bote do zagueiro. Na sequência, a defesa afastou para a lateral e, antes da cobrança do arremesso, o juiz consultou os árbitros de vídeo, que não viram pênalti na jogada.
Com a Austrália mostrando dificuldades na armação, Claudio Bravo fez sua primeira defesa faltando dez minutos para terminar a primeira etapa. Mas, mesmo com problemas, os australianos abriram o placar justamente ao pressionar a saída de bola. Aos 41, Sainsbury se adiantou a Vidal em passe Bravo, tabelou com Kruse e recebeu de volta dentro da área. O chute bloqueado sobrou para o meia, que dividiu com Jara. A bola espirrada atravessou a área e sobrou do outro lado, para Troisi, sem marcação. Com calma, ele apenas deu um toque leve, encobrindo Claudio Bravo.
Buscando o empate, a seleção chilena ficou mais aberta na defesa e mais veloz no ataque. E foi dessa maneira que conseguiu o gol. Em jogada que atravessou o meio campo, Hernández, que entrou no intervalo no lugar de Aránguiz, tentou cruzar para dentro da área, mas a bola bateu na defesa e foi recuperada por Vidal, com um peixinho na entrada da grande área. Hernández, então, levantou mais uma vez, Vargas escorou para o meio e Rodríguez, substituto de Fuenzalida, tocou na saída de Ryan.
A virada quase veio dois minutos depois. Sánchez foi lançado na esquerda, deixou o zagueiro para trás e, na saída do goleiro, passou para Vargas. O atacante buscou o gol livre com um toque de cabeça, mas a bola passou rente à trave.
Se no primeiro tempo a Austrália não dosou a força nas jogadas, e chegou a receber quatro cartões amarelos, o Chile foi truculento na segunda etapa e viu dois dos seus jogadores serem pendurados.
Precisando de dois gols para se classificar, a Austrália parecia conformada nos minutos finais e pouco forçou. Já o Chile apenas administrou o placar e confirmou a vaga nas semifinais.
FICHA TÉCNICA
CHILE 1 X 1 AUSTRÁLIA
CHILE – Claudio Bravo; Mauricio Isla, Gonzalo Jara, Paulo Díaz e Eugenio Mena; Francisco Silva, José Pedro Fuenzalida (Martin Rodríguez) e Charles Aránguiz (Pablo Hernández); Arturo Vidal; Alexis Sánchez e Eduardo Vargas (Marcelo Diaz). Técnico: Juan Antonio Pizzi.
AUSTRÁLIA – Mat Ryan; Mark Milligan, Trent Sainsbury (Bailey Wright) e Ryan McGowan; Jackson Irvine, Massimo Luongo, Robbie Kruse, Tim Cahill (Mathew Leckie), James Troisi e Aziz Behich; Tomi Juric (Jamie MacLaren). Técnico: Ange Postecoglou.
GOLS – James Troisi, aos 41 minutos do primeiro tempo; Martin Rodríguez, aos 22 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Arturo Vidal e Pablo Hernández (Chile); Massimo Luongo, James Troisi, Tim Cahill e Aziz Behich (Austrália).
ÁRBITRO – Gianluca Rocchi (Fifa/ Itália).
RENDA – Não disponível.
PÚBLICO – 33,639 pagantes.
LOCAL – Estádio Spartak, em Moscou (Rússia).