A China deveria conter os aumentos salariais para permanecer economicamente competitiva, de acordo com uma autoridade do Trabalho que ressaltou as preocupações do governo de que os custos crescentes da mão-de-obra possam ancorar a economia, que mostra sinais de desaceleração.
Xin Changxing, vice-ministro do Trabalho na China, disse que um crescimento mais lento dos salários deve combinar com os esforços para reestruturar indústrias não competitivas e melhorar a produtividade em setores de trabalho intenso, com a finalidade de evitar demissões em massa.
Os salários chineses cresceram mais rápido que a economia durante boa parte da última década, aumentando o padrão de vida dos trabalhadores, mas também diminuindo a vantagem competitiva do país, particularmente quando comparada com outras nações em desenvolvimento que dependem de mão-de-obra barata.
“Nossa vantagem no que diz respeito aos custos do trabalho não é mais tão clara quanto antes”, disse Xin. “Nós devemos diminuir a frequência e a escala dos aumentos salariais para preservar nossa vantagem competitiva”, completou.
A diminuição já está a caminho, em termos de crescimento do salário mínimo. Seis Províncias e municípios aumentaram o salário mínimo em uma média de 11% na primeira metade deste ano, na comparação com 13 regiões que aumentaram em 13,5% de janeiro a junho de 2015, de acordo com Xin.
Seus comentários convergem com o crescente foco de Pequim em reduzir os custos das empresas como uma forma de aumentar a contratação, as atividades econômicas e o crescimento como um todo. Fonte: Dow Jones Newswires.