China impõe sanções a indíviduos e entidades da UE

A China impôs sanções contra dez indivíduos e quatro entidades da União Europeia, em retaliação a medidas semelhantes aplicadas pelo bloco ao gigante asiático por supostos abusos de direitos humanos na região de Xinjiang. Em comunicado, Pequim acusou a UE de se basear em "desinformação, fatos distorcidos e interferem em questões internas chinesas".

No caso dos indivíduos, sobretudo acadêmicos e membros do Parlamento Europeu, as restrições envolvem a proibição da entrada própria e de familiares em territórios chineses. De acordo com o documento, as instituições ficam "proibidas de realizar negócios com a China".

A punição vem após a UE impor sanções a autoridades por conta de supostas violações de direitos humanos contra a minoria uigur na região autônoma de Xinjiang. "O lado chinês exorta a UE a refletir sobre si mesma, enfrentar diretamente a gravidade de seu erro e corrigi-lo", afirma o comunicado.

Segundo o país asiático, o bloco "deve parar de dar lições de direitos humanos e interferir em seus assuntos internos", além de "acabar com a prática hipócrita de padrões duplos e parar de seguir no caminho errado. Caso contrário, "a China reagirá resolutamente". O movimento violaria o direito internacional e afeta a relação entre Pequim e Bruxelas, de acordo com o comunicado.

Além da UE, Estados Unidos e Reino Unido anunciaram sanções contra a China em virtude de alegadas violações de direitos humanos. As sanções do bloco contra os chineses pelo tema foram as primeiras desde 1989, quando as imposições ocorreram em meio aos eventos na Praça de Tiananmen.

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