A China está tentando resgatar sua influência em Mianmar através da construção de um porto de águas profundas, em um teste inicial para o novo governo liderado por Aung San Suu Kyi, em equilibrar objeções locais e relações com o maior parceiro econômico do país.
O projeto, que inclui uma zona econômica especial, iria ajudar o esforço de Pequim para ampliar sua presença no Oceano Índico e no Sul da Ásia e restaurar a posição privilegiada que desfrutava sob a antiga junta militar de Mianmar.
Mas a iniciativa está em xeque, porque o partido de Suu Kyi, que escolhe um presidente em março e toma o poder em abril, diz que vai rever grandes projetos, incluindo este fechado em dezembro, liderado por um consórcio chinês. O governo deve pesar o forte sentimento contra a China em Mianmar e a oposição local ao projeto versus o risco de se indispor com o poderoso vizinho do norte.
O líder do consórcio, Grupo Citic, disse que ganhou uma licitação justa e aberta, que considerou todas as partes interessadas do projeto. Uma incomum declaração detalhada do Citic em resposta a perguntas sobre seu projeto indicou que estava tentando acabar com suspeitas de motivações dos chineses em Mianmar. Em uma tentativa de obter apoio local para o projeto, os funcionários do Citic nesta semana estavam treinando moradores de Kyaukphyu em habilidades que poderiam usar em uma nova zona econômica.