É possível notar que o péssimo resultado em “liquidez”, que obteve conceito D (o mais baixo possível), comprometeu a posição de Guarulhos no ranking. Ou seja, Almeida falhou no indicador que verifica a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os ativos financeiros disponíveis para pagá-los no exercício seguinte. Em outras palavras: gastou mais do que tinha em caixa e a conta não fechou.
Responsável por verificar se as prefeituras têm recursos suficientes para honrar despesas acumuladas em anos anteriores para o exercício seguinte, o IFGF Liquidez mostrou que 3.028 prefeituras (58,6%) acumularam volume de restos a pagar inferior a 40% dos ativos financeiros de 2011, e, por isso, foram avaliadas em situação de excelência ou de boa gestão no indicador.
Em 2011, o Indicador de Liquidez apresentou um melhor desempenho na média, passando de 0,5687 pontos em 2010 para 0,5929 em 2011, um crescimento de 4,3%, segundo maior patamar da série histórica do estudo, iniciada em 2006. O valor máximo foi atingido em 2008 (0,6347 pontos). Guarulhos, porém, foi na contramão. Em 2010, a liquidez do município chegou a 0,7156 pontos. Em 2011, despencou para 0,386.
O resultado do IFGF Liquidez revela que a folga no orçamento em 2011, resultado do aumento das receitas e da queda de gastos com pessoal, foi em grande parte direcionada para o caixa das prefeituras. Ou seja, Almeida não fez a lição de casa. A folga do orçamento no ano anterior desapareceu e ele fechou 2011 com menos dinheiro em caixa do que as dívidas assumidas pela Prefeitura.
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Números são baseados em dados fornecidos pelos municípios