Dois meses após a ITA anunciar que encerraria as atividades, os clientes que compraram passagens aéreas ainda reclamam não ter recebido o valor pago à companhia pelo serviço não prestado.
Reportagem da Folha de S. Paulo mostrou que, além do não ressarcimento, os passageiros estão com dificuldade para contatarem a empresa, que já acumula cerca de 4 mil reclamações no Procon.
Com salários atrasados, a Ita – do Grupo Itapemirim – divulgou o cancelamento das atividades diante da paralisação dos funcionários terceirizados. Em um acordo com o Procon, firmado em dezembro, a empresa prometeu reembolsar os clientes prejudicados em um prazo de 10 dias, o que não se cumpriu. A companhia deve receber uma multa de cerca de R$ 11 milhões.
Nas redes sociais, os comentários foram desabilitados e a última publicação é de 28 de dezembro, informando sobre o reembolso. “A Itapemirim reitera que está, rigorosamente, pleiteando os estornos das passagens requeridas por seus clientes junto as operadoras [sic] de cartões. Por fim, pontua que se encontra com todos meios de canais disponíveis para melhor atender seus clientes”, diz o texto.
A possibilidade mais simples para os clientes lesados é entrar com protocolo no Procon e aguardar a movimentação da companhia, que simplesmente parou de operar. Outra opção é procurar um advogado e levar o caso à Justiça, contudo não há garantia de recebimento, pelo menos com rapidez, tendo em vista a situação financeira do grupo Itapemirim.