A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 21, o Orçamento de 2022 por 358 a 97 votos. Foram apenas duas abstenções. Agora, os parlamentares da Casa analisam destaques ao relatório final apresentado pelo deputado Hugo Leal (PSD-RJ). O texto deverá ser votado pelos senadores ainda hoje.
Com críticas ao valor do fundo eleitoral e do montante reservado às emendas do orçamento secreto, esquema revelado em maio pelo <b>Estadão</b>, quatro partidos orientaram suas bancadas pela rejeição do Orçamento: PCdoB, PSOL, NOVO e Podemos, do pré-candidato à presidência da República Sergio Moro. Os demais orientaram voto "sim".
Após intensas negociações, a peça do Orçamento de 2022 terminou por estabelecer fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões para o ano que vem. O recurso para o financiamento das campanhas políticas em 2022 será recorde e 144% maior do que o valor destinado na eleição de 2020, de R$ 2 bilhões.
Também foi incluído no Orçamento de 2022 previsão de R$ 2 bilhões para reajuste salarial a policiais federais. Desse total, o impacto nas despesas primárias do governo é de R$ 1,7 bilhão. A reestruturação das carreiras da segurança pública com aumento de remuneração foi uma demanda do presidente Jair Bolsonaro (PL), com a disputa pelo Palácio do Planalto no pano de fundo, e representa uma derrota para a equipe econômica.