A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) corrigiu nesta terça-feira, 24, informação divulgada nesta mesma data por meio da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). A CNC informou que a redução de 3,9% foi no porcentual de famílias endividadas perante o total de entrevistados e não como constou em seu relatório anteriormente, no qual o dado divulgado era de que o número de famílias endividadas havia recuado 3,9% em 2016 ante 2015.
Na média do ano passado, 58,7% do total de famílias entrevistadas disseram ter dívidas, 2,4 pontos porcentuais, ou 3,9%, a menos do que os 61,1% de 2015. Em termos absolutos, a Peic identificou 9,2 milhões de famílias endividadas, contra 8,9 milhões em 2015, uma alta de 3,5%.
Por outro lado, as famílias que seguem com dívidas estão com mais dificuldade para pagá-las. Entre as famílias endividadas, 23,6% disseram ter contas em atraso, na média de 2016, ante 20,9% em 2015. Em termos absolutos, o número de famílias com contas atrasadas subiu 18,4% de 2015 para 2016, chegando a 3,6 milhões.
Segundo a CNC, como em anos anteriores, o cartão de crédito foi o tipo de dívida mais citado pelos entrevistados. Em 2016, 77,1% das famílias disseram ter esse tipo de dívida. O carnê vem em segundo lugar, apontado por 15,4% dos pesquisados. O crédito pessoal ficou em terceiro, com 10,3%.
“A queda do nível de endividamento e o aumento da inadimplência foram reflexos da retração da economia doméstica em 2016. A desaceleração do consumo proveniente da piora do mercado de trabalho e das altas taxas de juros ocasionou maior dificuldade às famílias para honrar os seus compromissos no período”, diz um trecho da nota divulgada pela CNC.