Economia

Coca-Cola propõe reciclar toda embalagem até 2030 em ação que envolve o Brasil

A Coca-Cola Company assumiu um compromisso global de coletar e reciclar a totalidade de suas embalagens até 2030. A meta, anunciada nesta sexta-feira, 19, envolverá esforços globais e, no Brasil, significa dobrar a capacidade atual: em 2017, 51% das embalagens tinham a destinação correta.

Em entrevista ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), o presidente da Coca-Cola Brasil, Henrique Braun, afirma que os esforços de coleta e reciclagem tem acelerado no País. Em 2016, o índice de embalagens com a destinação adequada era de 36%.

Para fazer cumprir a meta no País, a Coca-Cola prevê investimentos da ordem de R$ 1,6 bilhão entre 2016 e 2020. Os recursos serão utilizados para desenvolvimento de linhas de embalagens retornáveis, redesenho de embalagens e no esforço de engajamento de consumidores e trabalho junto a cooperativas de catadores.

Braun destaca que o desenho de embalagens é uma etapa relevante para diminuir a quantidade de plástico utilizada. De acordo com ele, uma garrafa de plástico da companhia hoje tem cerca de 20% menos peso do que as garrafas que iam ao mercado em 2008.

Outra frente tem a ver com reduzir o uso de embalagens descartáveis. A Coca-Cola afirma que uma a cada cinco embalagens do portfólio hoje é feita de vidro ou de plástico retornável. O porcentual cresceu nos últimos anos: em 2015, era de 15%. A empresa espera que a “retornabilidade” alcance 30% em 2020.

O executivo avalia que diminuir o consumo de embalagens de plástico descartável tem sido uma demanda dos consumidores. “É uma tendência que já está acontecendo tanto na nossa indústria quanto em outras”, diz. “O consumidor está muito atento a essas necessidades”, acrescenta.

Aumentar a coleta e a reciclagem dependerá ainda de trabalhar com cooperativas de catadores. De acordo com Braun, a empresa tem hoje parcerias com cerca de 200 cooperativas.

Para conseguir aumentar a coleta, é preciso que elas gerem um maior volume coletado. Braun defende que a empresa e outras da indústria devem estimular a adesão de catadores às cooperativas e contribuir para que a gestão delas ganhe musculatura.

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