Apesar das críticas constantes à qualidade dos gramados dos estádios da Copa América e aos grandes clarões nas arquibancadas ao longo da competição – nenhuma arena lotou -, os organizadores mantiveram, nesta sexta-feira, o discurso de “balanço positivo”.
“O gramado a gente já tratou desse assunto. Explicamos o que a gente estava fazendo caso a caso. A gente já debateu bastante isso e reforça nossa posição em cima de trabalho em cada campo. Cada um tem sua característica e seu trabalho específico”, disse Thiago Jannuzzi, gerente geral de Competições do Comitê Organizador Local (COL) da Copa América.
O gerente do COL voltou a afirmar que as entradas foram comercializadas a preços “acessíveis”, argumentando que a média de preço por bilhete expressada nos borderôs acaba escondendo que havia ingressos a preços considerados populares. Ele citou como exemplo os bilhetes comercializados a R$ 60 na Arena Corinthians e na Arena do Grêmio – mas não mencionou que a entrada mais barata para a decisão de domingo custa R$ 260.
Segundo Jannuzzi, a média de público até aqui é de 32 mil torcedores por partida, cerca de 30% superior à vista da Copa América realizada há quatro anos, no Chile – mas bem abaixo dos 46,3 mil presentes em média nas partidas da Copa América Centenário, realizada no ano seguinte nos Estados Unidos. Até o momento, 800 mil pessoas assistiram aos jogos no Brasil. A expectativa é de que esse número chegue a 900 mil com a disputa do terceiro lugar e a grande final.
Sentado ao lado do diretor de Competições da Conmebol Hugo Figueredo – que elogiou o torneio do Brasil -, Thiago Jannuzzi ressaltou que a organização do torneio contou com o aprendizado de outros grandes eventos já realizados no Brasil.
“Todos os grandes eventos que passaram pelo País nos trouxeram aprendizados. A gente pode ver na Copa América uma pitada de cada um dos grandes eventos que passaram pelo País. As melhores práticas devem ser sempre seguidas, buscadas, e acho que o COL, junto com a Conmebol, buscou na Copa América. O Brasil passou por Jogos Pan-Americanos, Copa das Confederações, Copa do Mundo, Jogos Olímpicos, enfim, tantos eventos que trouxeram características, modelos de organização distintos, que lapidaram um pouco do conhecimento. Cem por cento dos profissionais que trabalham na organização da competição passaram por esses grandes eventos”, considerou.