Em 2011, Congonhas e Cumbica registraram 175 casos
As colisões de aviões com aves mais que dobraram no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Em 2011, foram registradas 79 colisões, contra 30 em 2010, segundo aponta o relatório do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). O mesmo pode ser verificado no aeroporto de Congonhas, em que 96 casos foram reportados em 2011, contra 40 em 2010.
De acordo com o major Francisco José Azevedo de Morais, chefe da seção de gerenciamento do risco aviário do Cenipa, no ano passado os aeroportos de Guarulhos, Congonhas, Salvador, Porto Alegre, Galeão e de Brasília foram os que mais apresentaram colisões de aviões com aves.
Entre os casos que chegaram ao órgão da Aeronáutica, a maioria envolveu aves que não puderam ser identificadas pela tripulação. Das identificadas, o quero-quero é a que mais causou colisões. Em segundo lugar aparecem os urubus, em terceiro o carcará e em quarto a coruja.
O major comenta que a média mundial de colisões de aviões com aves é de cinco para cada dez mil decolagens ou pousos. "No Brasil, a média é de três colisões para cada dez mil decolagens ou pousos".
Para o Cenipa, a conscientização dos municípios em relação ao manejo de resíduos sólidos evitaria a presença de aves nas proximidades dos aeroportos. "A oferta demasiada de lixo proporciona a concentração de aves em torno dos aeroportos, aumentando a probabilidade de colisões".
A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) informaque desenvolve o Programa Perigo de Fauna, cujo objetivo é reduzir os fatores atrativos da fauna por meio de ações internas e externas nos aeroportos de todo o país e com isso aumentar a segurança nos procedimentos de pouso e decolagem.
A Infraero mantém desde 2001 o programa Fauna nos Aeroportos que age com o intuito de monitorar e controlar a presença de fauna, principalmente a aviária, nas áreas dos aeroportos administrados pela empresa.