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Com manifestação de Flexa Ribeiro, maioria do Senado defende afastamento de Dilma

A maioria dos senadores declarou ser favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. Numa sessão que dura quase 17 horas, parlamentares defenderam haver motivos para instaurar o processo de impeachment contra a petista, medida que levará o vice-presidente Michel Temer a assumir o comando do País por, pelo menos, 180 dias. Será nesse período em que o Senado deverá julgar se Dilma cometeu crime de responsabilidade.

Coube a manifestação de voto do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) a formação de uma maioria. Até às 3h, 39 dos 55 senadores haviam se manifestado contra a presidente em plenário. Como há 77 senadores aptos a votar, já há uma maioria prevista conforme o anúncio dos votos nos discursos. Ao todo, 71 parlamentares haviam se inscrito para falar.

Quatro de 81 senadores não participam da votação: o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), Jader Barbalho (PMDB-PA) e a cadeira que está em aberto com a cassação ontem de Delcídio Amaral (sem partido-MS). Ainda há 15 votos contrários ao afastamento e o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTC-AL) não se manifestou.

Ao final dos pronunciamentos, o relator do pedido, Antonio Anastasia (PSDB-MG) falará e em seguida o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, cada um por 15 minutos. Em seguida, será realizada a votação por meio do painel eletrônico. Renan não conseguiu cumprir seu cronograma de concluir a análise do caso até as 22h.

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