A novela que envolve a implantação do Regime Jurídico Único (RJU), que altera o sistema de prestação de serviços do funcionalismo público ainda não terminou. Apesar do encerramento da greve dos servidores públicos nesta terça-feira, 06, o processo terá de ser novamente refeito. E para que haja algum entendimento é necessário a participação de seus protagonistas: o prefeito Sebastião Almeida (PT) e representantes da categoria.
Entretanto, o presidente do Stap (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública) de Guarulhos, Pedro Zanotti, faz questão de deixar claro que o maior interessado na proposta é o chefe do Poder Executivo. Segundo ele, as renegociações dependem da indicação de datas propostas por Almeida para a abertura da CPN (Comissão Permanente de Negociação).
“A ideia principal era a de tirar o projeto da Câmara. Tirou o projeto da Câmara e nós queríamos também o compromisso de negociar o projeto. Eles aceitaram abrir uma CPN (Comissão Permanente de Negociação). Agora vamos esperar por eles. A pressa agora é da Prefeitura”, declarou o presidente do Stap, Pedro Zanotti.
Ficou determinado em audiência de conciliação realizada também nesta terça-feira, 06, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na Capital, a retomada das negociações referente a implantação do RJU, a compensação dos cinco dias distribuídos entre a greve e assembleias realizadas, além da retirada do referido PL da Câmara Municipal. Caso não seja cumprido estes requisitos por parte da Administração Pública, Zanotti, afirmou que poderá haver novamente manifestações e greve.
“Está tudo em ata e assinado pelo secretário da Administração, Vitor Almeida. Só acertamos o compromisso de negociar e retirar o projeto da Câmara, e se voltar novamente para a Câmara Municipal vai ser a mesma coisa. Ele vai descumprir o compromisso assinado. A pressa não é nossa, é deles. Com esse atropelo todo, se tivéssemos discutido isso desde junho eu acredito que sim, até por que agora vamos começar praticamente tudo do zero”, finalizou.
