A Bovespa abriu em queda nesta quinta-feira, 18, em movimento de ajuste para baixo depois de marcar nova pontuação recorde na quarta-feira, 17. Logo em seguida, entretanto, a pressão negativa perdeu força, e o Ibovespa passou a exibir sinal positivo.
A força compradora não está forte, visto que o indicador mantém-se perto do valor de fechamento da quarta-feira e mostra instabilidade. Ora sobe, ora cai. Na máxima até o momento, marcou alta de 0,16% e 59.418 pontos pouco depois da abertura dos índices acionários à vista em Manhattan (S&P500 +0,02% e Dow Jones -0,04%).
O ajuste negativo na abertura da Bovespa seguiu o observado nos índices acionários futuros de Nova York. O motivo da forte valorização aqui e lá fora foi a ata do Federal Reserve (Fed, banco central americano) que mostrou menor probabilidade de aperto monetário no curtíssimo prazo. O teor da ata do Fed, divulgada ontem depois do fechamento das bolsas europeias, impulsiona nesta manhã os índices acionários como o de Londres e Frankfurt.
Como pressão positiva para o Ibovespa, está a cotação do petróleo. Às 10h28, o contrato para setembro do petróleo do tipo WTI na Nymex (NY) subia 1,45%. O contrato para outubro do Brent na ICE (Londres) avançava 0,66%. Nesse horário, as ações da Petrobras subiam 1,14% (ON) e 1,18% (PN). A Vale (ON +0,78% e PNA +0,74%) também estava em alta, apesar de o preço do minério de ferro ter caído na China nesta quinta-feira.
Às 10h45, o Ibovespa no mercado à vista caía mais fortemente e marcara a mínima aos 59.048 pontos (-0,47%).
Internamente, a derrota do governo com a suspensão na quarta, por falta de quórum, da votação da proposta de Emenda à Constituição (PEC) que recria a Desvinculação de Receitas da União (DRU) traz alguma cautela para os agentes econômicos. “O pessoal está alerta em relação a esse problema para encaminhar o ajuste fiscal”, diz um profissional de renda variável.