Com resultado apertado, presidente populista é reeleito na Polônia

O presidente polonês, Andrzej Duda, venceu a eleição presidencial da Polônia por uma diferença de 2,4 pontos porcentuais, afirmou a comissão eleitoral do país na manhã desta segunda-feira, 13. Com 99.9% das células apuradas, Duda teve 51,2% dos votos e terá um novo mandato para impulsionar a agenda populista e conservadora no país. Seu concorrente liberal, Rafal Trzaskowski, prefeito de Varsóvia, ficou com 48,8%.

O chefe da comissão eleitoral disse que os resultados oficiais finais serão anunciados mais tarde, mas com Duda à frente por quase meio milhão de votos, sua liderança parece ser inatacável. No entanto, as margens apertadas podem levar a queixas da oposição sobre irregularidades na votação.

O segundo turno na Polônia ficou marcado como uma batalha pelo futuro do país, com Duda prometendo outro mandato apoiando a agenda legislativa do partido populista no poder da Polônia e Trzaskowski se oferecendo para ser o rosto de uma outra Polônia.

Duda travou uma campanha divisionista, na qual prometeu apoiar os "valores da família" às custas dos direitos LGBT e costumava usar a retórica homofóbica. O atual mandatário, apoiado pelo Partido Lei e Justiça (PiS), está no poder desde 2015 e promoveu reformas controvertidas na Justiça com o argumento de combate à corrupção – para a oposição, foram atos para cercear liberdades e aparelhar o Estado. Também vem reforçando uma retórica contra os homossexuais, contra a integração do continente europeu e pela manutenção dos valores da família tradicional polonesa.

Em 2018, a União Europeia acusou a Polônia de violar os princípios de estado de direito e os valores do bloco por reformas que tiraram a autonomia e colocaram o Judiciário sujeito ao controle político. Apesar de Duda ser o presidente, figura importante na política porque tem o poder de vetar leis, o PiS é controlado por Jaroslaw Kaczynski, o nome mais forte na política polonesa. Ele é irmão do ex-presidente Lech Kaczynski, que morreu em um acidente aéreo em 2010.

"Se Duda perdesse a presidência, seria o primeiro passo para a queda do PiS do poder", resume Martin Mycielski, diretor de relações públicas da Open Dialogue Foundation na Polônia. No ano passado, o partido já perdeu a maioria no Senado.

Na semana passada, Duda foi recebido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que vê o governo polonês como um importante aliado europeu. Foi o primeiro chefe de Estado estrangeiro a ser recebido na Casa Branca desde o início da pandemia. O polonês também tem uma boa relação com o governo do presidente Jair Bolsonaro, que tinha agendado para este ano uma viagem ao país. Em fóruns internacionais, o Brasil tem se alinhado com poloneses, americanos e húngaros em uma aliança para promover a liberdade religiosa.

Do lado adversário, o prefeito Rafal Trzaskowski, da Plataforma Cívica, que governou o país de 2007 a 2015, tentou oferecer uma alternativa progressista para acabar com o que qualifica como isolamento da Polônia após cinco anos de disputas com a União Europeia.

"Especialistas de verdade e profissionais foram colocados de lado. Precisamos de profissionalismo. Precisamos de pessoas que não vão nos dividir, e sim que vão pensar em como lidar com nossos principais problemas", afirmou em discurso após a eleição. "A epidemia provou que nós todos estamos pensando na mesma coisa: saúde, segurança, oportunidades iguais na educação. Em toda a Polônia temos os mesmos problemas".

Com resultado apertado, presidente populista é reeleito na Polônia

O presidente polonês, Andrzej Duda, venceu a eleição presidencial da Polônia por uma diferença de 2,4 pontos porcentuais, afirmou a comissão eleitoral do país na manhã desta segunda-feira, 13. Com 99.9% das células apuradas, Duda teve 51,2% dos votos e terá um novo mandato para impulsionar a agenda populista e conservadora no país. Seu concorrente liberal, Rafal Trzaskowski, prefeito de Varsóvia, ficou com 48,8%.

O chefe da comissão eleitoral disse que os resultados oficiais finais serão anunciados mais tarde, mas com Duda à frente por quase meio milhão de votos, sua liderança parece ser inatacável. No entanto, as margens apertadas podem levar a queixas da oposição sobre irregularidades na votação.

O segundo turno na Polônia ficou marcado como uma batalha pelo futuro do país, com Duda prometendo outro mandato apoiando a agenda legislativa do partido populista no poder da Polônia e Trzaskowski se oferecendo para ser o rosto de uma outra Polônia.

Duda travou uma campanha divisionista, na qual prometeu apoiar os "valores da família" às custas dos direitos LGBT e costumava usar a retórica homofóbica. O atual mandatário, apoiado pelo Partido Lei e Justiça (PiS), está no poder desde 2015 e promoveu reformas controvertidas na Justiça com o argumento de combate à corrupção – para a oposição, foram atos para cercear liberdades e aparelhar o Estado. Também vem reforçando uma retórica contra os homossexuais, contra a integração do continente europeu e pela manutenção dos valores da família tradicional polonesa.

Em 2018, a União Europeia acusou a Polônia de violar os princípios de estado de direito e os valores do bloco por reformas que tiraram a autonomia e colocaram o Judiciário sujeito ao controle político. Apesar de Duda ser o presidente, figura importante na política porque tem o poder de vetar leis, o PiS é controlado por Jaroslaw Kaczynski, o nome mais forte na política polonesa. Ele é irmão do ex-presidente Lech Kaczynski, que morreu em um acidente aéreo em 2010.

"Se Duda perdesse a presidência, seria o primeiro passo para a queda do PiS do poder", resume Martin Mycielski, diretor de relações públicas da Open Dialogue Foundation na Polônia. No ano passado, o partido já perdeu a maioria no Senado.

Na semana passada, Duda foi recebido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que vê o governo polonês como um importante aliado europeu. Foi o primeiro chefe de Estado estrangeiro a ser recebido na Casa Branca desde o início da pandemia. O polonês também tem uma boa relação com o governo do presidente Jair Bolsonaro, que tinha agendado para este ano uma viagem ao país. Em fóruns internacionais, o Brasil tem se alinhado com poloneses, americanos e húngaros em uma aliança para promover a liberdade religiosa.

Do lado adversário, o prefeito Rafal Trzaskowski, da Plataforma Cívica, que governou o país de 2007 a 2015, tentou oferecer uma alternativa progressista para acabar com o que qualifica como isolamento da Polônia após cinco anos de disputas com a União Europeia.

"Especialistas de verdade e profissionais foram colocados de lado. Precisamos de profissionalismo. Precisamos de pessoas que não vão nos dividir, e sim que vão pensar em como lidar com nossos principais problemas", afirmou em discurso após a eleição. "A epidemia provou que nós todos estamos pensando na mesma coisa: saúde, segurança, oportunidades iguais na educação. Em toda a Polônia temos os mesmos problemas".

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