Com um jogador a menos em campo, o Santos empatou sem gols com o Independiente Santa Fe, na noite desta quarta-feira, no estádio El Campín, na altitude de 2.640 metros de Bogotá. De volta aos gramados após a dura queda no Paulistão, o time brasileiro ficou aquém do esperado num jogo burocrático e de poucas emoções, mas manteve a ponta no Grupo 2 da Copa Libertadores.
O Santos chegou aos cinco pontos e sustentou a primeira colocação, sendo seguido de perto pelo próprio Santa Fe, com quatro. A terceira colocação da chave está com o The Strongest, que tem quatro pontos, mas saldo de gols inferior, após empatar sem gols com o Sporting Cristal, na terça-feira, fora de casa.
Retomando as partidas após nove dias entre folga e treinamentos, após a eliminação diante da Ponte Preta no Estadual, o Santos não empolgou no primeiro tempo e exibiu raros momentos de bom futebol na etapa final. Quando parecia embalar em campo, perdeu Jean Mota, expulso após levar o segundo amarelo. Assim, o time brasileiro perdeu ritmo a partir dos 35 minutos e se segurou na defesa para garantir ao menos um ponto no jogo na Colômbia.
O JOGO – Santa Fe e Santos deixaram a desejar no primeiro tempo disputado no El Campín. Voltando a campo após nove dias de folga e treinos, após a queda no Paulistão, o Santos exibia lentidão, principalmente no ataque. O time brasileiro poderia alegar cautela, em razão da altitude de Bogotá. Mas fato era que a equipe da casa também estava devagar em campo.
Como resultado, o primeiro tempo foi de raros ataques e poucas emoções. Simplesmente não houve sequer uma chance clara de gol na etapa inicial. No caso do Santos, Vitor Bueno e Bruno Henrique até tentavam surpreender a defesa colombiana nos contra-ataques, mas eram parados facilmente pelos zagueiros. Mais fixado no ataque, Ricardo Oliveira mal tocou na bola.
Menos mal para o Santos que o ataque colombiano também tinha dificuldade para superar a zaga brasileira. O goleiro Vanderlei mal se preocupou na primeira etapa. Do outro lado, Castellanos chegou a fazer uma defesa, em cabeçada de Ricardo Oliveira. Porém a arbitragem já assinalava impedimento do atacante, aos 37 minutos.
Para o segundo tempo, o Santa Fe voltou com mudança no ataque. O técnico Gustavo Costas trocou Valência por Ceter e movimentou a partida. Logo em seu primeiro lance, o atacante subiu de cabeça e exigiu boa defesa de Vanderlei, no primeiro minuto da etapa final.
O Santos respondeu dois minutos depois, em finalização perigosa de Renato, que foi para fora e assustou Castellanos. Mas, aos 8, Ceter voltava à carga em chute de fora da área, rente à trave.
Depois da mudança no Santa Fe, Dorival Júnior também mudou o ataque santista. E, ao trocar Ricardo Oliveira por Copete, irritou o veterano. Irritado também ficou Jean Mota ao ser expulso de forma ingênua ao levar o segundo cartão amarelo por demorar na cobrança de falta logo na sequência, aos 34.
O Santos ficou em desvantagem numérica justamente no momento em que o jogo ganhava ritmo mais acelerado e as duas equipes se soltavam mais no ataque. Após a expulsão, Copete investiu pela esquerda, dividiu com os zagueiros quase na pequena área e ficou perto de abrir o placar. Momentos antes, Victor Ferraz já havia carimbado a trave.
Após a expulsão, o Santos perdeu o ritmo que começava a apresentar em campo e os ataques se tornaram raridade. Além disso, se segurou bem na defesa para evitar sustos em Vanderlei e garantir ao menos um ponto fora de casa num embolado grupo da Libertadores.
FICHA TÉCNICA:
INDEPENDIENTE SANTA FE 0 x 0 SANTOS
INDEPENDIENTE SANTA FE – Leandro Castellanos; Roa, Moya, Urrego e Mosquera; Perlaza (Omar Pérez), Gordillo, Gómez; Valência (Ceter), Arango (Plata) e Stracqualursi. Técnico: Gustavo Costas.
SANTOS – Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Mota; Renato, Thiago Maia e Lucas Lima; Vitor Bueno (Leandro Donizete), Bruno Henrique (Yuri) e Ricardo Oliveira (Copete). Técnico: Dorival Júnior.
CARTÕES AMARELOS – Gordillo, Thiago Maia, Bruno Henrique, Perlaza, Mosquera, Plata.
CARTÃO VERMELHO – Jean Mota.
ÁRBITRO – Fernando Rapallini (Fifa/Argentina).
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Estádio El Campín, em Bogotá (Colômbia).