Estadão

Começa audiência na Câmara com Silva e Luna sobre térmicas e combustíveis

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), abriu na manhã desta terça-feira no plenário da Casa o debate com a participação do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, sobre a situação da operação das termelétricas, o preço dos combustíveis e outros assuntos relacionados à estatal. Lira fez apenas a abertura formal da audiência sem dar declarações.

Inicialmente, Silva e Luna seria ouvido pela Comissão de Minas Energia, mas o evento foi transferido ao plenário para que todos os deputados pudessem participar. Esta mudança, que não é usual, mostra a importância que o Legislativo quer dar ao tema.

Na noite de segunda-feira, Lira criticou a gestão da Petrobras, causando forte reação nos papéis da petroleira no <i>after hours</i> em Nova York. A mensagem foi publicada no Twitter após a Casa confirmar que o presidente da estatal participaria do debate. "Tudo caro: gasolina, diesel, gás de cozinha. O que a Petrobras tem a ver com isso? Amanhã terça-feira, a partir das 9h, o plenário vira Comissão Geral para questionar o peso dos preços da empresa no bolso de todos nós. A Petrobras deve ser lembrada: os brasileiros são seus acionistas", escreveu o presidente da Câmara.

O posicionamento de Lira vem na sequência de ataques feitos à política de preços da Petrobras – realizados da oposição a membros do governo, incluindo o presidente Jair Bolsonaro – diante da alta da inflação. Após as declarações do presidente da Câmara, o ADR da Petrobras em Nova York mergulhou mais de 2% na sessão estendida. Depois de certa oscilação, o papel encerrou o pregão extra em US$ 10,19, baixa de 1,16%.

O requerimento para a realização do debate da manhã desta terça foi apresentado pelo deputado Danilo Forte (PSDB-CE) e assinado por líderes e deputados de diversos partidos. O deputado avaliou que o momento era adequado por causa da atual crise hídrica, desencadeada pela escassez de chuvas nas regiões onde estão localizados os reservatórios de hidrelétricas. Para Danilo Forte, o problema se agravou com os atrasos em investimentos de geração e de transmissão.

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