Opinião

Começa a temporada de políticos passarem o chapéu

Com a aproximação das eleições municipais de 7 de outubro, cresce um movimento natural de políticos em busca de recursos financeiros para suas campanhas tanto a prefeito como a vereador. Quem disputa a eleição majoritária, via de regra, busca patrocínio maiores, geralmente grandes empresas que procuram financiar as campanhas  como forma de manter uma relação mais estreita com aqueles que conquistarem os mandatos. Muitas vezes, inclusive, esse tipo de relação extrapola as vias legais, funcionando como uma espécie de investimento dos setores privados no público. “Nós te damos agora para que você nos devolva depois que estiver com a caneta na mão”. 


 


Em alguns casos, é fácil identificar esse tipo de relação, principalmente quando os patrocinadores de campanha de hoje se tornam os maiores prestadores de serviços das administrações amanhã. Nestes casos, cabe à opinião pública, via meios legais que envolvem imprensa, Ministério Público, entre outros ficar atento a esse tipo de movimento e denunciar a fim de minimizar esse tipo de prática, que descamba para a corrupção e o mal feito. Para evitar, há diversos setores que defendem o financiamento público das campanhas eleitorais, em tese, algo que poderia equilibrar as forças políticas e econômicas. Porém, não existe garantia alguma que isso funcionaria em um país como o Brasil, onde os desvios de finalidade e acomodações políticas são tão comuns.


 


Há ainda a arrecadação formiguinha, feita no varejo, de forma sorrateiras, geralmente pelos candidatos de menor expressão, que não encontram outras maneiras de financiar seus gastos. São os livros de ouro, arrecadações realizadas em eventos fechados, travestidos de almoços, jantares ou festas. Nada de ilegal, mas que acaba se tornando até desagradável para muita gente que se vê obrigada a prestar favores para uns e para outros. Nestes casos, fica difícil para as pessoas de bem e que tenham alguma posse se esquivarem desse tipo de pedido. O problema, da mesma forma como ocorre no “atacado”, é quando esses colaboradores espontâneos de agora cobram a fatura depois.

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