Uma das maiores favelas do Rio, a Rocinha passou nesta quinta-feira, 9, por um processo de higienização de suas principais vias para tentar conter o avanço do novo coronavírus. A comunidade da zona sul já registrou duas mortes pela covid-19, e há seis casos confirmados da doença.
De acordo com informações da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), 20 garis trabalharam na ação. Foram utilizados detergente neutro de uso geral e pulverizadores, além de dois caminhões-pipa e uma van lava jato com água de reúso para lavagem das pistas.
A prefeitura do Rio informou que, para a manutenção do serviço, a limpeza será feita diariamente com pulverizadores. Três vezes por semana a van lava jato também atuará na comunidade.
Além da Rocinha, outras três das maiores comunidades do Rio já tiveram pelo menos mais quatro mortes confirmadas por coronavírus: Manguinhos, Maré e Vigário Geral. As quatro favelas somam 23 casos da doença.
Nesta quinta, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), anunciou que a cidade deverá passar por um processo de "sanitização especial". Crivella admitiu que a serviço não será uma "solução mágica", mas considera que o serviço irá auxiliar no combate à disseminação da doença.
"Estamos conversando com um fornecedor a respeito de um produto que, ao ser passado, dura meses na superfície, deixando a área desinfetada. Cria uma espécie de verniz. Eles nos dão garantia de que, se tiver qualquer vírus, ele morre. Será uma ajuda fundamental para passarmos em todos os nossos ônibus, maçanetas de repartições públicas, onde há muitas pessoas manipulando, nos corrimões de todas as passarelas, nas subidas de favelas, nas estações de BRT e em outros lugares", anunciou, em comunicado enviado por sua assessoria.