Estadão

Como Neymar, Messi reencontra o carinho na volta à Argentina contra a Venezuela

Lionel Messi vive uma situação semelhante à de Neymar. Como o brasileiro, o argentino está sob pressão na França, onde enfrenta uma saraivada de críticas como consequência da eliminação do Paris Saint-Germain da Liga dos Campeões ainda nas oitavas de final. Neste momento, ambos encontram na seleção de seu país o carinho e o apoio que poderão levá-los a recuperar o melhor futebol.Messi terá sua chance nesta sexta-feira, no jogo contra a Venezuela, às 20h30, em La Bombonera, pela penúltima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas à Copa do Catar.

Assim como Neymar voltou à seleção brasileira na quinta-feira, contra o Chile, após ausência forçada por contusão na rodada dupla anterior, Messi também está retornando à equipe argentina. Ele não participou das partidas do final de janeiro e início de fevereiro contra Chile e Colômbia – vitórias argentinos por 2 a 1 e 1 a o, respectivamente – porque ainda sentia os efeitos da covid-19, que havia contraído durante as festas do fim do ano passado.

O craque chegou a ser dúvida para a partida com os venezuelanos, pois está gripado. O técnico Lionel Scaloni, porém, garantiu que Messi está pronto para jogar. "Leo está bem. Treinou normalmente e depois do processo gripal está disponível para jogar. Espero que faça uma boa partida", disse o treinador.

Scaloni, a exemplo do que ocorreu com Tite em relação a Neymar, também foi questionado sobre os problemas que Messi vem enfrentando no PSG. Como o treinador brasileiro, também tratou de proteger a estrela principal de sua equipe. Ele disse que a situação na França "não afeta" o desempenho de Messi na seleção argentina.

"Ele está confortável, e toda vez que vem para cá (para a seleção) demonstra isso", afirmou Scaloni. "A partida contra a Venezuela será a última que poderemos jogar diante de nossa torcida e esperamos que ele possa se despedir da melhor maneira possível da torcida argentina."

O jogo contra a pior seleção do continente sul-americano será o último da Argentina em seu país antes da Copa do Mundo do Catar. Depois, a equipe encerra sua participação na terça-feira, enfrentando o Equador, em Guayaquil.

Com a Argentina já classificada para a Copa, Scaloni aproveitou a convocação para chamar sete jovens jogadores que têm dupla nacionalidade, na tentativa de evitar que eles defendam outras seleções no futuro.

São eles: Franco Carboni e Valentín Carboni (ambos da Inter de Milão), Luka Romero (Lazio), Soulé (Juventus), Garnacho (Manchester United), Nicolás Paz (Real Madrid) e Tiago Geralnik (Villarreal).

Scaloni, porém, disse que ninguém será forçado a jogar pela Argentina. "Com todos os meninos que chamamos, também conversamos com suas famílias. A ideia é que eles venham e em hipótese alguma vamos decidir por eles. A decisão (sobre qual seleção defender) será deles, nunca nossa", garantiu. "Mas eles estão ansiosos, mostraram interesse em estar aqui e saber o que é a seleção Argentina. Então, terão tempo para decidir."

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