Estadão

Ícones do wrestling indiano acusam técnicos e dirigente de assédio sexual

Algumas das principais lutadoras de wrestling – conhecido também como luta olímpica – da Índia lideraram um protesto próximo ao Jantar Mantar, prédio do parlamento indiano, nesta quinta-feira. Elas acusam treinadores e o presidente da federação de assédio sexual e moral contra jovens atletas da modalidade.

Sakshee Malikkh, Vinesh Phogat e Bajrang Punia reuniram cerca de 100 manifestantes, exigindo a remoção imediata do presidente da Wrestling Foundation of India (WFI), Brij Bhushan Charan Singh, e outros funcionários que aguardam um inquérito contra eles.

Os manifestantes no Jantar Mantar carregam cartazes com os dizeres "A ditadura não pode continuar", "Vamos lutar por nossos direitos" e "Boicote o presidente do WFI".

Singh, um legislador que representa o partido governista Bharatiya Janata, rejeitou as acusações e disse que estava pronto para enfrentar qualquer investigação. "Se houve reclamações contra mim ou alguns treinadores, eles deveriam ter se manifestado antes", disse ele.

Alguns lutadores partiram mais tarde para se encontrar com o ministro dos Esportes da Índia, Anurag Singh Thakur. O ministério pediu na quarta-feira à WFI que responda à acusação feita pelos lutadores até sexta-feira, "caso contrário, o ministério iniciará uma ação contra a federação".

Phogat disse que sabia de pelo menos 10 a 20 lutadoras que foram exploradas sexualmente por Singh e outros e ela revelará seus nomes quando encontrar o primeiro-ministro Narendra Modi ou o ministro do Interior Amit Shah.

Phogat ganhou uma medalha de bronze no Mundial disputado no ano passado. Punia conquistou o bronze na Olimpíada de Tóquio, em 2021, e Malikkh, o bronze no Rio-2016.

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