O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,7 ponto em março, atingindo 75,1 pontos, o maior nível desde junho de 2015 (76,2 pontos), informou a instituição nesta terça-feira, 28.
O avanço na confiança no mês foi determinado exclusivamente graças às perspectivas de curto prazo dos empresários consultados, afirmou a FGV. O Índice de Expectativas (IE-CST) cresceu 1,7 ponto, para 87,8 pontos – maior patamar desde setembro de 2014 (88,4 pontos). O destaque foi para o indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, que variou 2,2 pontos, na margem, para 90,1 pontos.
Por outro lado, o Índice da Situação Atual (ISA-CST) teve o segundo recuo consecutivo ao cair 0,2 ponto, atingindo 62,8 pontos. A maior contribuição para a queda veio do indicador de percepção em relação à carteira de contratos, que teve recuo de 0,6 ponto em relação ao mês anterior, para 61,5 pontos.
Assim, a diferença entre o indicador que avalia o ambiente atual e o índice que indica a perspectiva para o futuro voltou a aumentar, alcançando novo recorde na série histórica.
Para a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castello, a melhora do IE indica que a percepção dos empresários é de que o cenário de queda da atividade não deve persistir por muito tempo. E, segundo ela, essa melhor perspectiva já começa a refletir no emprego no setor.
“A disposição de demitir nos meses seguintes tem caído continuamente. Embora isso ainda não tenha se traduzido em intenção de contratar, pode representar uma desaceleração do ritmo de queda no emprego. No entanto, enquanto a Demanda Insuficiente continuar sendo o principal fator limitativo à melhoria dos negócios, as demissões continuarão a superar as admissões.”
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor teve outra queda de 0,4 ponto porcentual, assim como em fevereiro, e alcançou 63,0% em março.