O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 0,2 ponto na passagem de março para abril, a segunda queda consecutiva, descendo ao patamar de 91,2 pontos, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 26. Com o resultado, o indicador de médias móveis trimestrais caiu pela primeira vez desde agosto do ano passado, -0,2 ponto.
“A nova queda do ICS em abril, mais suave que a de março, reflete um ajuste nas expectativas empresariais, provavelmente relacionado às incertezas originárias no campo político”, avaliou Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Houve piora em nove das 13 principais atividades pesquisadas. O desempenho negativo foi determinado pela perda de 0,8 ponto no Índice de Expectativas, influenciado pelo indicador de Tendência dos negócios, que caiu 4,5 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA-S) avançou 0,4 ponto em abril, para 87,2 pontos, impulsionado pelo grau de satisfação com o volume de demanda atual, que avançou 1,5 ponto no mês, para 86,0 pontos.
“Foram as perspectivas para a evolução do ambiente de negócios nos próximos seis meses que concentraram a pressão negativa sobre o resultado do mês. No contexto atual, de recuperação gradual do ritmo de atividade, o processo eleitoral pode estar contribuindo para a maior volatilidade das expectativas”, completou Sales.
Em abril, a piora das expectativas das empresas do setor de serviços veio acompanhada por um aumento nas observações negativas quanto ao clima político, que seguiam numa tendência de queda até março.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de Serviços recuou 0,2 ponto porcentual em abril ante março, para 82,6%. A coleta de dados para a edição de fevereiro da Sondagem de Serviços foi realizada entre os dias 2 e 20 deste mês.