O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 1,1 ponto na passagem de março para abril, para 84,2 pontos, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 28. O resultado interrompe uma sequência de três avanços consecutivos.
“A primeira queda do ICS no ano parece sinalizar, antes de tudo, um ajuste na avaliação do setor sobre as condições de negócios. De maneira geral os indicadores permanecem em patamar historicamente baixo, e com distanciamento considerável nas avaliações sobre as condições correntes e futuras, o que sinaliza a possibilidade de o nível de atividade real se manter moderado nos próximos meses. Destaque-se ainda que a acentuação da queda dos indicadores de mercado de trabalho afeta particularmente este setor, que depende basicamente da demanda doméstica”, avaliou Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Houve piora em nove das 13 principais atividades pesquisadas em abril. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 2,2 pontos, para 76,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 4,3 pontos, para 92,1 pontos.
A principal contribuição para a variação do ISA-S em abril foi do indicador de percepção sobre a Demanda Atual, com alta de 3,0 pontos, para 77,0 pontos. No Índice de Expectativas (IE-S), o destaque negativo foi o de Demanda Prevista, que recuou 8,0 pontos, para 90,2 pontos.
A sondagem detectou ainda um aumento de 1,5 ponto porcentual na proporção de empresas citando a política como um fator que está limitando a melhora do ambiente de negócios. “O resultado sugere que o aumento da incerteza política pode ter contribuído para a calibragem no Índice de Expectativas”, completou a nota.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços cresceu 0,3 ponto porcentual em abril ante março, para 82,5%. A coleta de dados para a edição de abril da sondagem foi realizada entre os dias 3 e 26 deste mês.